terça-feira, 3 de dezembro de 2013

HISTÓRICO DO LIVRO "UM RIO ENTRE NÓS"

03/12/2013

Resgatando a história para eternizar na web e não desperdiçar esforços, talvez, um dia, alguém julgue não ter sido em vão.


Foto do Rio dos Sinos. Na parte superior o selo dos 180 Anos da Imigração Alemã.


O livro foi brotando. Não foi planejado, nem pré-metodizado. Mas, foi fruto de um estudo genealógico muito longo, muitas pesquisas, viagens, contatos e surpresas.
Não foi um sucesso literário, pois faltou a cobertura de uma editora, mas as pessoas que o leram gostaram, como se pode ler nos depoimentos de amigos. Fiz o que pude para divulgá-lo na região e inclusive o lancei por ocasião dos 180 Anos da Imigração Alemã. Deixei exemplares nas livrarias e, também, deixei livros em locais públicos, em cima de mesas ou balcões: neste particular, talvez, eu tenha sido um dos pioneiros dessa modalidade de divulgação da literatura. Enviei um exemplar para circular entre colegas engenheiros, solicitando que passassem a diante após lido. Tive alguns poucos retornos, Este livro, talvez esteja na estante de algum colega, por alguma razão.
Participei de feiras de livros em São Leopoldo, Sapiranga e Novo Hamburgo, além de um concurso literário em Passo Fundo onde concorri, imaginem, com o nosso grande Chico Buarque que levou o prêmio. Nem sei minha classificação, pois não me deram retorno, o que considero uma falta de respeito para com os concorrentes, mesmo que fosse uma confirmação de inscrição, já bastava. Esse País é uma piada mesmo. E para confirmar isso fui roubado em 10 exemplares na Associação Gaúcha dos Escritores Independentes (AGEI). Justificaram com um assalto! Mentira dos caras de paus que na época dirigiam a AGEI. E não fui só eu que foi roubado! Vocês podem constatar esse roubo pesquisando na Internet e lá vão encontrar, em alguns sebos, o meu livro à venda por preços bem convidativos. Viva este país das maravilhas!
O local onde “UM RIO ENTRE NÓS” foi escrito foi na minha casa na cidade de Barra do Ribeiro e impresso na Gráfica Portão de São Leopoldo e lançado na Feira do Livro de Porto Alegre em 06 de novembro de 2004.

1. Inserção no Calendário de eventos dos 180 Anos da Imigração Alemã 

Não medi esforços para inserir o meu livro neste calendário de eventos para ligá-lo definitivamente à história da Imigração Alemã no Rio Grande do Sul. Tive um opositor ferrenho e influente, mas consegui superar e o livro recebeu o selo da Imigração colocado em sua capa. Segue a cópia da primeira reunião de que participei, publicada no Jornal VS, terça-feira, 18 de novembro de 2003, p.5.

"Comissão debate calendário de eventos

A reunião da Comissão Municipal de Comemorações pelos 180 Anos da Imigração Alemã, que ocorreu ontem na Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semmam), contou com a presença de Ivanio Fernandes Habkost, que está escrevendo a obra Um Rio Entre Nós, em fase de revisão. Habkost, descendente de alemães, diz que seu objetivo é viabilizar a publicação do romance, que terá aproximadamente 250 páginas, e fazer com que o lançamento coincida com as comemorações do próximo ano, que marcam a chegada dos primeiros imigrantes alemães ao Estado, em 1824.
O autor, que residiu em São Leopoldo entre 1970 e 1991 - atualmente mora em Barra do Ribeiro -, relata que a inspiração surgiu enquanto pesquisava a árvore genealógica de sua família. "É um romance que se desenvolve, em sua primeira fase, nos primórdios da colonização alemã em São Leopoldo. Em uma segunda fase, esses personagens são inseridos no episódio dos Mucker", relata. O escritor deve voltar a se reunir com o grupo em dezembro, quando a comissão deve dar uma resposta mais concreta ao seu pedido.
Também durante a reunião de ontem,
o secretário Henrique Prieto, que preside a Comissão dos 180 Anos, lembrou as atividades ou datas que já compõem o calendário de eventos para 2004, entre elas a criação da colônia alemã na Feito-ria, em 31 de março de 1824. Prieto diz que, nos próximos dias, a comissão enviará um ofício aos clubes sociais e enti-dades para que integrem suas atividades ao calendário oficial das festividades.""

2. Aprovação da inserção no Calendário de eventos dos 180 Anos da Imigração Alemã

Publicado no Jornal VS, Quinta-feira, 22 de julho de 2004.

"Governador assistirá espetáculo da imigração alemã no domingo
A assessora do cerimonial do Palácio Piratini, Juçara Rosa, esteve na manhã de ontem reunida com o presidente da comissão dos 180 anos, Henrique Prieto, na sede da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semmam) para acertar os detalhes do protocolo para a visita do governador Germano Rigotto, no domingo, dia em que há 180 anos aportaram na cidade os primeiros imigrantes alemães.
A assessora conheceu o local onde acontecerá a apresentação do espetáculo alusivo aos 180 anos da imigração alemã, próximo à ponte 25 de Julho onde foi montado o palco e o palanque oficial, em fase de acabamento. O espetáculo será encenado por 61 alunos e ex-alunos da rede municipal e, de acordo com uma das coordenadoras, Mônica Uriarte, "representará o encontro do passado com o futuro". Parte da encenação irá ocorrer no barco Martim Pescador que, trará os 39 imigrantes. Quando eles pisarem na terra, os sinos de três igrejas (Matriz, Cristo, e Santo Inácio) irão soar anunciando a sua chegada.
Além de acompanhar a encenação, o governador deverá também participar da assinatura de convênios com 44 prefeitos de municípios da região que estão integrados na ação ABC Alfabetizando, do Grupo Editorial Sinos.
HOMENAGEM - Ao final da tarde de ontem, a comissão dos 180 anos voltou a se reunir para definir detalhes do cerimonial. A abertura oficial do evento deverá acontecer por volta às 11 horas, com a execução dos hinos Nacional e da Alemanha pela Banda Ajudância - Geral da Brigada Militar.
Durante a cerimônia, o governador será homenageado com uma obra entalhada em madeira, medindo 45x25 centímetros, que reproduz a Casa do Imigrante. Uma jaqueta oficial de SL a bordo do Barco Martim Pescador também será entregue ao governador, assim como o livro Um rio entre nós, de Ivânio Fernandes Habkost. O autor do romance, que se insere na história na imigração, esteve presente na reunião de ontem".

3. Divulgação

- Na Revista leopoldense “RUA GRANDE”, 2 de abril a 15 de abril de 2004 :

"São Leopoldo
2004
Um rio entre nós
O livro do catarinense Ivânio Fernandes Habkost, natural de Itapiranga, formado em Engenharia Industrial Química e pós-graduado em Tecnologia da Borracha, será lançado este ano. Ele trabalhou na Borbonite e na Pirelli, residiu mais de 30 anos em São Leopoldo e atualmente mora em Barra do Ribeiro. A obra será lançada este ano na Feira do Livro, em fins de agosto.
O livro é uma obra de ficção e a narrativa do autor envolve desde o início da imigração até o famoso episódio dos Mucker. São personagens fictícios, mas há vultos da história da imigração que se entrelaçam no romance, onde o amor e os sonhos entram na luta contra a incompreensão e o ódio. Dois personagens da historia da imigração, criados pelo autor, integram a obra. Ela, vinda da Alemanha, chama-se Valentinne; ele, nascido e vivendo em São Leopoldo, tem o nome de Ulysses.
O livro pretende resgatar a importância histórica do Rio dos Sinos"

4. Lançamento na Feira do Livro de Porto Alegre



06/11/2004
I9h
' Fabrido Carpinejar, Cinco Marias, Bertrand, Local: Pavilhão Central

• Leslie Toledo, Maria Luiza R. Flores, Marli Conzatti,
org., Cidade educadora - a experiência de
Porto Alegre, Cortez Editora, Local: Sa-
guão do Memorial do RS

• Clóvis Saldanha, Tudo é uma questão de
atitude, Sagra Luzzatto, Local: Pavilhão
Central

• Washington Olivetto, Os piores textos de Wa-
shington Olivetto, Editora Planeta do Bra-
sil, Local: Pavilhão Central

• Ivanio Fernandes Habkost, Um rio ente nós,
Independente, Local: Pavilhão Central

• Eduardo Dall'Alba, Monólogo do carrega-
dor, AGE, Local: Pavilhão Central

• José Luis Bornéo, Reflexões em pedras e
calmarias, Alcance, Local: Pavilhão Central

• Mateus Zampieri, O jogo, Martins Livreiro
Editor, Local: Pavilhão Central

• Osvaldo Porto Flores, Resenhas do tempo,
Alcance, Local: Pavilhão Central


5. O que disse o Jornal VS sobre o lançamento na Feira do Livro de Porto Alegre

Jornal ABC, Domingo, 7 de novembro de 2004




6. Fotos do lançamento na Feira do Livro de Porto Alegre


Meus colegas da Engenharia: (da esquerda para a direita) Winston Benjamim e esposa: Eu, Arli Farias: Juvenal Oliveira e esposas

Minha irmã Lenita Habkost Olsson

(da esq para dir) Lenita, Lidiane, Eu, Helenita, Mirica, Marina, Eloá.

7. Lançamento na Livraria Rotermund em São Leopoldo

Publicado no Jornal VS, Segunda-feira, 10 de maio de 2004

Bruno, meu neto, me prestigiando
8. O que publicou a Revista RUA GRANDE, 14 a 27 de maio de 2004,  sobre o lançamento na Rotermund



9. Opiniões 


Ivanio Habkost
De: "Júlio Sá"
Para: "Ivanio Habkost"
Enviada em: Quarta-feira, 7 de Julho de 2004 10:25    -
Assunto: En: Um rio entre nós
Amigo Ivanio
Conclui ontem a leitura do belo livro que escreveste. Deixando de lado a "rasgação de seda", fiquei realmente satisfeito com a leitura. Enriqueceu-me o contato com a história dos Mucker, da Revolução Farroupilha e da colonização alemã. Quanto sofrimento passaram aqueles colonos! Me emocionei com as lindas estórias de amor. O pobre do João não tinha mesmo sorte com as mulheres. Achei que o escritor foi um pouco "cruel" quando fez ele abrir mão da índia e, como "prêmio", levou um fora da Érica. E o Ulisses, será que um dia acabará junto com a Vellentine? Como não contaste isto no livro, espero que me digas o imaginou para estes dois personagens.
Caro Ivanio, parabéns pela obra. Espero que seja a primeira de uma carreira promissora de escritor, que se inicia já vitoriosa.
Saudações Júlio Sá
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Ivanio Habkost
De: "Ivan Hoffmann"
Para: "Ivanio Habkost"
Enviada em:     Domingo, 13 de Junho de 2004 19:04-
Assunto: Re: Dia das mães
Caro amigo Ivanio:
Boa noite!
Que livro hein?
É apaixonante. Já li mais de 220 páginas e não consigo parar, é demais...
Meus parabéns! Tu és um gênio!
Se tiveres tempo, manda-me dizer como se desenrolou a criação deste livro, como começaste. Somente
alguns detalhes para que eu possa entender melhor. Como surgiram as idéias e o sincronismo tão bem feito
entre a história da colonização, o romance tão bem estruturado, enfim, a genealogia dos Heint e dos Gutt,
que fantástico! Até Valentinne e Ulisses que são dois jovens. Pergunto, como os conheceste? Sei lá me
apaixonei pelo livro, é muito legal.
Abraços e até o próximo contato,
Ivan Hoffmann
********************************************

Opinião do historiador leopoldense, Prof. Germano Oscar Moehlecke:
Consta da 1ª orelha do livro.



















terça-feira, 5 de novembro de 2013

CARTA MANUSCRITA OU E-MAIL?



Nos dias atuais esta pergunta não tem sentido, não é mesmo? Mandar uma carta para alguém, só um doidão, antiquado.. 

Carta? Mas o que é carta? 

Você pode dar uma conferida nas definições sobre carta em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carta

Exemplo de envelope de carta

Carta antiga


Quando se escrevia uma carta, antigamente, se enviavam notícias de pessoas para outras pessoas, ou de alguém muito especial para outro alguém também especial. Normalmente, de pessoas que moravam distantes umas das outras. Mas, não só isso, é claro, existem muitos tipos de cartas, até cartas bombas, mas quero deter-me naquelas que foram substituídas por e-mail. Aquelas que estreitam relações.
Essas cartas eram escritas em papel especial, de tamanho especial e quando se tratava de cartas de amor o papel era, quase sempre, colorido e mais fino. Nas cartas bem mais antigas, digamos, início do século vinte, era comum usar-se expressões como “...nessas mal traçadas linhas..”, “...estou com os olhos rasos de lágrimas..” “...pego na pena para escrever...”, expressões que no passar dos tempos foram sendo deixadas de lado. Quantas amizades foram mantidas através das cartas, muitos casamentos foram consumados porque as cartas mantiveram as juras de amor perenes. Chorava-se saudades, o sofrido amor da ausência do ente amado era traduzido em belas palavras. Com o tempo, bem guardadas, amareleciam e relidas reconduziam a um passado saudoso repleto de sentimentos. Escrever uma carta era um ritual quase místico. Uma escrivaninha, papel de carta, caneta tinteiro nas mais antigas...silêncio. Na maior das vezes eram escritas à noite, quando as estrelas e a lua serviam de inspiração. Havia que pensar antes de escrever, pois apagar depois de escrito era impossível, uma rasura não se admitia, só jogando fora o papel que já estava escrito e, imaginem, se o erro fosse no meio ou fim da página. Rescrever tudo novamente, já deixava a originalidade de lado e a sequência do pensamento seria interrompida e a inspiração, muitas das vezes, se perdia. As cartas eram manuscritas, mesmo com o advento das máquinas de datilografia que por incrível que pareça elas não tiveram, nos lares, a mesma penetração dos computadores. Um fenômeno a ser explicado, talvez, pelos sociólogos ou economistas
.Uma carta tinha um texto bem elaborado, bem mais extenso que os reduzidos e-mails de hoje. Primava-se pela polidez no tratamento com as pessoas. Iniciava-se uma carta com o local e data de onde o autor estava, e em seguida uma saudação. No final, sempre votos de saúde e bem-aventurança para o destinatário e os seus. E depois de escritas, bem dobradas e envelopadas, ia-se aos Correios, onde se comprava o selo e eram enviadas com a esperança de que chegassem ao seu destino e produzissem o efeito, o mesmo que havíamos sentido ao escrevê-las.
As cartas sempre foram mensageiras de sentimentos e tanto é assim que os compositores e poetas as têm reverenciado com músicas e poesias. Basta procurar na Internet e serão encontrados músicas, sobre elas, desde os tempos de cantores sertanejos mais antigos. Coloque lá “cartas antigas” , ou simplesmente cartas, e surpreenda-se.
Pessoalmente, as cartas tem marcado a minha existência. Um elenco delas, foram as românticas cartas que troquei com minha namorada, ela em Porto Alegre e eu na cidade de Rio Grande, onde cursava engenharia, nos anos de 1963 a 1966 Foram essas cartas que mantiveram nosso romance vivo até nos casarmos. Outra carta foi a que deu origem ao conhecimento de minha família e me permitiu iniciar a construção da árvore genealógica. Carta, manuscrita, que enderecei a uma parente, descoberta por ler seu nome em jornal, isso em 1965.
Outra carta interessante me apareceu 49 anos depois de ser escrita por uma colega da Faculdade de Filosofia da cidade de Rio Grande em referência a uma coluna que eu escrevia no jornal da Escola de Engenharia. Ela é interessante, pois me foi enviada em 27 de setembro de 2013 pela autora da carta a qual me encontrou no Facebook. Vejam, 49 anos depois de ser escrita, já não me recordava mais dela. 
Cartas são memórias manuscritas de nossos momentos de vida e que guardam nossos sentimentos os quais vivificamos e, não recordamos tão facilmente. Tenho um amigo de longa data que perpetuou as suas cartas de amor que trocou com sua namorada durante muitos anos, desde o conhecimento até o casamento. Essas cartas, ele a publicou em livro do qual tenho um exemplar autografado.
Você que ama alguém experimente pegar um papel de carta em uma livraria, uma caneta, não uma esferográfica qualquer, coloque a música de sua preferência, e no recôndito do seu quarto, pense nela (nele) e deixe que seu coração dite as palavras e as escreva com a sua caligrafia. Se você estiver bem apaixonado mesmo junte à carta escrita uma ou duas pétalas de rosa e ponha tudo dentro de um envelope bem bonito e envie para ela(ele). 
Uma carta é um ato de coragem e envolve muitas decisões de nossa parte: escrever correto, ser coerente com as idéias, escolher as palavras certas compondo frases suaves, macias, polidas. E, sobretudo, vencer a nossa inércia e preguiça. Claro que, também, uma carta pode ser ofensiva, maléfica, deprimente e chorosa. Depende de nosso estado de espírito. E, como eu disse no início pode ser até uma carta bomba. Interessante uma carta deste tipo jamais poderá ser enviada por e-mail. 
Não use e-mail para esses momentos!
E-mail!!!  É rápido, simples e conciso, útil nos dias de hoje quando temos pouco tempo para tudo. Mas, não encerra em si mesmo a aureola de mistério e de satisfação do que uma carta. O e-mail é sobretudo fruto da era do computador, onde quase tudo é instantâneo. Claro que você pode anexar uma carta de amor, uma poesia, num e-mail, mas jamais terá a magia da letra manuscrita que é uma extensão das reações de nosso corpo. “Ah! Essa é a letra dele (a)!”
Quantas cartas manuscritas você já escreveu em sua vida?

terça-feira, 29 de outubro de 2013

MEU PRIMEIRO COMPUTADOR E CHAMAMENTO AOS JOVENS!





Escrevo pelo prazer de dar o meu próprio testemunho de como fui iniciado na era dos microcomputadores pessoais.. A minha iniciação se deu por pura curiosidade e visão do que estava por chegar no mundo tecnológico e eu precisava ir me atualizando, embora, na época, em curso de minha vida profissional, não se utilizasse o computador para trabalho.
Lá pelos idos de 1983 foi lançado o primeiro computador pessoal  pela Microdigital Eletrônica Ltda, o “TK 85 Personal Computer”. As fotos abaixo mostram o meu TK 85, o seu manual de operação e o livro de programação Basic no qual complementei meus estudos sobre esta acessível linguagem de programação.

Manual do TK 85


Vista  posterior do TK 85

Vista frontal do TK 85
Livro de Programação Basic



O Manual “TK 85-Programação BASIC” que acompanhava o micro na sua introdução dizia:
“Prezado usuário: Parabéns pela ótima escolha. Ao adquirir o TK 85 você recebeu o computador pessoal que está revolucionando o mercado nacional, tanto pela sua  capacidade operativa, como pelo seu reduzido tamanho e custo. Este manual lhe auxiliará a compreender o funcionamento do seu computador e como obter o máximo proveito da sua capacidade. Apesar dos cuidados tomados na elaboração deste manual, é possível que tenha ocorrido algum erro, assim sendo, solicitamos a gentileza de nos comunicar se algum foi encontrado. MICRODIGITAL ELETRÔNICA LTDA.”
Para colocar em operação esta beleza de máquina era necessário além de estudar a programação BASIC que constituía o software de funcionamento, ter equipamentos adicionais, os hoje chamados periféricos, como um gravador cassete, fitas e um televisor que funcionava como monitor., além, lógico a fonte de alimentação e cabos. O “barato” era encontrar o “ruído” (zumbido) certinho para que o micro entendesse o que estava gravado na fita cassete quando se fazia rodar no gravador. Era necessário gravar tudo em fita cassete, pois ao desligar-se o micro perdia-se todo o trabalho. A fita cassete era a memória do computador.
Era necessário estudar a fundo a linguagem BASIC. O livro, do qual me utilizei para aprofundar a compreensão dessa linguagem foi “BASIC PARA MICROS PESSOAIS” de Jorge da Cunha Pereira Filho. Dizia ele na apresentação:
“Criada em 1960, por John G. Kemeny e Thomas E. Kurtz, professores do Dartmouth College, Hanover, New Hampshire, EUA, inspirados na linguagem FORTRAN, com o objetivo de facilitar o aprendizado de programação de computadores e execução de cálculos matemáticos, conversacionalmente, a linguagem BASIC, decorridas pouco mais de duas décadas, apresenta-se como a mais popular e utilizada em todo o mundo”.....
Vejam de 1960 até 1983 quando foi lançado o TK 85 passaram-se 23 anos. Assim era naquelas décadas, alguma tecnologia descoberta e posta em uso nos EUA chegava ao Brasil mais ou menos dez anos depois.. Compare-se com os dias de hoje!
Bem, não vou dar detalhes de toda essa tecnologia que usava na época o que vocês poderão encontrar rapidamente no GOOGLE, inclusive fotos, manual do TK 85 e outras informações. Está tudo lá. O que quero ressaltar, e deixar como legado, principalmente para os jovens, é a busca do aperfeiçoamento constante, a força de vontade em aprender, a atenção voltada para as novas tecnologias. Mas, principalmente a obstinação, o empenho pessoal sem que exista alguém cobrando, alguém forçando a sua barra para estudar. “Queimar” sábados, domingos, feriados, muitas noites para estudar e, isto, sem saber muito, no caso dos microprocessadores em questão, onde iria me levar e para que serviria esse estudo. Só sabia que tinha que aprender aquilo. Entusiasmava meus filhos a brincarem usando o micro através de joguinhos, sendo o mais usado o TK-MAN, e o “come-come”. Era o vídeo game da época. Tenho certeza que isso “quebrou” neles o medo dessas máquinas. Uma ocasião levei toda a parafernália para a aula de resistência dos materiais, em curso secundário. Foi, realmente, um show, nenhum aluno conhecia. E assim fui desbravando essa floresta, na época, muito densa.
Guardo, com muito carinho, até hoje o meu TK 85, o seu manual, e o livrinho de BASIC, são minhas relíquias (Ver fotos acima). Quem cultua suas relíquias sabe o valor que elas têm! A história delas ligadas a sua vida  quase sempre confunde-se com a história da sua própria vida. Quando olho para o meu TK 85 e ponho minha mão sobre ele, acaricio toda a minha história ligada a ele e sou grato a mim mesmo, ao jovem daquela época, que não mediu esforços para iniciar-se no uso de uma nova tecnologia que estava chegando. Tive outros computadores, inclusive este no qual escrevo, aperfeiçoei-me mais ainda no uso dessas máquinas, principalmente depois do advento das interfaces modernas, como o Windows, que veio facilitar a vida do usuário, dispensando o uso dos famigerados comandos DOS.
Não tive a felicidade de usar o computador quando cursei a Faculdade. Lá, nessa época, usava-se a “Régua de Cálculo’ e com ela a exigência dos professores de se calcular, pelo menos até a segunda casa decimal. Que loucura! Sem dúvida, o estudante daquela época , esse sim, era um herói. Na vida profissional, muito pouco usei o computador. Escrever um relatório, só na máquina de escrever.
Quanta facilidade, hoje em dia, para se estudar, pesquisar, aprender!
Está tudo aí! E, no entanto, o que se vê? Grande maioria dos jovens desperdiçando o seu tempo nos “facebooks” da vida, nos vídeo games cada vez mais interativos, em sites de pornografia, em assuntos fúteis, em reprodução de frases feitas, muitas das quais não são usadas em proveito próprio.
É como se o jovem estivesse debaixo de um temporal, sem saber o que fazer. A chuva sobre sua cabeça, ele se molhando, porque todo mundo está se molhando também, não reage, apenas participa.
Jovem, você deve reagir a esse estado de coisas. A uma escola ultrapassada, com professores fugindo das suas responsabilidades diante dos novos tempos, apegados ao passado, como mexilhões nas pedras, muitas vezes sucateando laboratórios de informática por completa incompetência, impedindo os alunos de usufruir deles. Professores também abandonados a sua própria sorte diante do caos implantado por novas concepções errôneas sobre educação, transformando princípios salutares em meras pedras no caminho. É você jovem que deve construir a sua própria história, superando as dificuldades, procurando soluções, desbravando caminhos. Contestar, perguntar porque, exigir pais atentos, professores atualizados, exigir o uso da informática nas escolas, e fazer bom uso dela, quando estiver só. Buscar desenvolver a sua espiritualidade, mesmo que muitas pessoas ao seu redor lhe digam que Deus não existe, que na escola não se deve ensinar Moral, Filosofia e espiritualidade. Marche sozinho se for preciso em busca do seu ideal! A sua consciência lhe dirá o que é certo! Mas, informe-se, estude, pense, compare, não se deixe tentar por facilidades a princípio promissoras. Quando tiver dúvida, aguarde, o melhor aparecerá.
Siga em frente, apesar dos percalços!
Ninguém é perfeito, mas ninguém irá te condenar por querer o melhor, por estudar, por buscar caminhos diferentes, por amar, por transformar-se numa pessoa melhor, por compreender os outros, por auxiliar os outros, por mudar sempre que necessário, não servir de pedra no caminho daqueles que querem progredir e te convidam para ir junto.
Amanhã, quando estiveres no mundo do trabalho, não te deixes corromper. Não corrompa os outros.
Existe algo além, muito além, que te espera por uma vida melhor!

IFH outubro/2013.


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

ESTUDO SOBRE PÃES

É isso mesmo, não estranhem! De fato tenho um certo gosto por culinária, talvez porque seja Químico. Descobrir receitas ou fórmulas de fazer misturas. Em tecnologia da borracha, muito fiz fórmulas para produtos, como solas da sapato, tapetes para carro, câmaras de ar, pneus, etc, etc,etc... Pois, um dia desses fui fazer um Pão Integral numa dessas máquinas de fazer pão elétrica. Usei a receita e as especificações contidas no manual e não conseguia um bom resultado. O pão crescia e depois, no final do ciclo, o danado "murchava" Várias tentativas e nada. Bem, pensei, tenho que estudar e me a
profundar nos "quimismos" da confecção de pães. Fui para o tio "Google". O professor é incrível. .Primeiro consultei sites que davam dicas e receitas sobre pão integral, mas todos os interessados se queixavam do mesmo problema de "murchar" o pão no final.Aprofundei as pesquisas e  encontrei muitas informações e novidades. Está tudo lá para os interessados: tipos de farinhas e suas propriedades, quimismo do pão e outras dicas importantes.
Com essas informações e com o conhecimento que tenho sobre vulcanização da borracha e agentes de expansão que são usados para artigos porosos, estabeleci uma similaridade entre fazer artigos de borracha e fazer pão. E, não é que deu certo! Fiz uma receita de teste para pão integral e estabeleci parâmetros para o processo. Depois de umas 5 ou 6 provas, lá estava o pão perfeito sem "murchar". Bingo! Viva a Química! Abreviei, talvez, muitos anos de padaria! Aperfeiçoei a receita com vários tipos de farinha e outros ingredientes e hoje tenho um pão integral altamente nutritivo e mais barato do que os comprados no supermercado, e, talvez, melhor! Me diverti bastante! Ah, todos os pães das provas, apesar de "murchos", nós os comemos. A foto acima é do pão que fiz hoje. Vocês podem observar alguns sinais de depressão em cima, isto é devido à qualidade variável do fermento, um dos fatores que provoca o aspecto de "murcho". Infelizmente, como em quase todos os produtos fabricados no Brasil, a qualidade não é constante, ainda mais matéria prima para a confecção de produtos alimentícios que sofrem um longo processo de armazenamento até que o consumidor os use.Já fiz pão bem arredondado em cima.Agora umas dicas para quem quiser acertar o seu pão integral: use sempre ciclo 2 na máquina (tenho a bellopane), tamanho médio e, a dica principal, tonalidade escura; a quantidade de fermento você deve acertar em provas, eu uso uma colher de chá (medida oferecida junto com a máquina), se quiser um pouco mais crescido use uma colher e um quarto, não mais. Outra dica boa é dissolver o sal e o açúcar em água morna (amorne a água que você vai usar na receita e dissolva nela). Quer mais dicas? Escreva para o meu email:  oynavy@gmail.com
É de graça!

sábado, 19 de outubro de 2013

VINÍCIUS - 100 ANOS!

As estrelas também  partem  –Vinícius - 100 anos!

Vinícius de Moraes
Nascimento: 19 de outubro de 1913, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Falecimento: 9 de julho de 1980, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro

O “Amor” de Vinícius de Morais (1913-1980), poeta carioca: “Amo-te, de um calmo amor prestante,/E te amo além, presente na saudade./Amo-te, enfim, com grande liberdade/Dentro da eternidade e a cada instante.”

Apoiado na borda do terraço, olhava as luzes infindas dos arranha-céus que se perdem no horizonte. No céu, como a competir com as luzes terrestres, as estrelas me olhavam cintilantes, intrigadas, talvez, com meus pensamentos. Respondi para elas: é noite de Vinícius, 100 anos faria  o mestre das palavras poéticas;  juntava-as tão docemente relatando amores, dores, acalantos, eternos suspiros. Sobre filhos, também, falava, dizendo que “se não os temos como sabê-los.” Soube falar do seu pai, na dor ao perdê-lo, tão intensamente que nos colocou como seus irmãos do sofrimento. Pensou em quem lhe mandaria flores quando morresse, preocupação do homem que se sente só, numa vida rodeada de amigos. Mas, houve um tempo, bebia, bebia compulsoriamente, talvez para liberar a alma da grossa matéria , talvez, para afogar o diplomata e liberar o poeta. Vinícius falou da mulher e da garota num tributo às musas de todos os homens. Pediu perdão a Deus para todos os menos favorecidos e , por fim, a si mesmo, num gesto profundo de humildade e compreensão da vida.
Vinícius transcende às palavras que se possam dizer sobre ele, talvez, para falar dele só ele mesmo, pois integrou o branco ao negro, o negro ao branco, a poesia à música, a música ao povo. Renovou-se a cada amor, a cada amigo, e foi da bossa nova ao afro-samba. Todo esse manancial nos legou.
Pena, as luzes se apagaram, estrelas se foram, também...

IFH-19/10/2013

terça-feira, 7 de maio de 2013

DISSOCIAÇÃO




Eis a estrada prateada da lua refletida nas águas do rio
Eis a areia úmida sob meus pés nus
Eis a noite tépida de muitas estrelas no céu
Levanto os braços e saúdo a beleza
A natureza me pede
Dispo-me e estou nu
Entrego-me à brisa que está
Sou apenas uma entrega solitária
Que singra a noite silenciosa
O amor sai de mim, como o sol da noite
E sai prateado como a lua
Corpo e alma querem separar-se
Porque um deseja e outro sonha
A luta cresce, se agiganta
Tomba o corpo, exausto,
Sobe a alma em louca liberdade.

ifh-07/05/13

terça-feira, 16 de abril de 2013

AMOR E PAIXÃO




Minha reflexão de hoje: 16/04/2013 (amanhã pode ser diferente!):

A paixão consome, impulsiona , some
O amor serena, embala, permanece..
A paixão se alimenta da ilusão e termina com a realidade
O amor se alimenta da realidade começa por ela
A paixão é fogo de palha, arde, aquece por instantes
O amor é fervura lenta, enquanto alimentado
Portanto, há diferença em dizer:
-“Eu estou amando” e “Eu estou apaixonado”!
Mas, todavia: O amor precisa ser agitado pela paixão.

O “Amor” de Julio Cortázar (1914-1984), escritor argentino-francês nascido na Bélgica: “Vem a dormir comigo: não faremos amor. Ele nos fará”

O “Amor” de Vinícius de Morais (1913-1980), poeta carioca: “Amo-te, de um calmo amor prestante,/E te amo além, presente na saudade./Amo-te, enfim, com grande liberdade/Dentro da eternidade e a cada instante.”

O “Amor” de Billie Holliday (1915-1959), cantora americana de Jazz: “ Não me ameace com amor, baby. Vamos ficar nessa, de caminhar sob a chuva.”

A “Paixão” de Antifanes (inicio do século IV ªC.), escritor grego : “Duas coisas o homem não consegue ocultar: que se embriagou e que está apaixonado.”


O “Amor” de Francisco Cândido Xavier, médium brasileiro:
Vida – é o amor existencial
Razão – é o amor que pondera
Estudo – é o amor que analisa
Ciência – é o amor que investiga
Filosofia – é o amor que pensa
Religião – é o amor que busca Deus
Verdade – é o amor que eterniza
Ideal – é o amor que se eleva
Fé – é o amor que se transcende
Esperança – é o amor que sonha
Caridade – é o amor que auxilia
Fraternidade – é o amor que se expande
Sacrifício – é o amor que se esforça
Renúncia – é o amor que se depura
Simpatia – é o amor que sorri
Trabalho – é o amor que constrói
Indiferença – é o amor que se esconde
Desespero – é o amor que se desgoverna
Paixão – é o amor que se desequilibra
Ciúme – é o amor que se desvaira
Orgulho – é o amor que enlouquece
Sensualismo – é o amor que se envenena
Finalmente o ódio, que julgas ser a antítese do amor, não é senão o próprio amor que adoeceu.

A “Paixão” de Robin Sharma ( em “O Monge que vendeu sua Ferrari”). Coluna de Paulo Coelho, Jornal ABC/Novo Hamburgo:15/04/2013.
“Existe uma simples palavra que sintetiza todo o sentido da vida. Ela é a Paixão. Devemos carregá-la escrita na testa, a cada minuto do dia, porque é o fogo sagrado da Paixão o combustível mais potente dos nossos sonhos. A sociedade se empenha em minimizar o sentido dessa palavra, mas nós devemos lutar para mantê-la viva. Se quisermos ter uma vida miserável, devemos renunciar as coisas pelas quais somos apaixonados, e passar a trabalhar por obrigação.
Eu não estou me referindo à paixão romântica – embora isso também seja importante para uma existência inspirada – e sim em permitir que o entusiasmo penetre em tudo o que fizermos. Quando isso acontece, não pensamos em passado ou futuro: pensamos no que se passa conosco naquele momento.”

Para maior deleite ler “Esse Amor de Todos Nós “ de Marina Colasanti, Ed. Rocco, RJ.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Dia da Mulher - 8 de março de 2013




Droga! Ainda penso!
Atravessei gerações e vi a mulher se transformando.
Um dia desses passava por uma rua e parei, pasmo, o carro para observar um grupo de meninas jogando futebol no paralelepípedo da rua. No meu tempo, nessa idade, só os meninos jogavam! Hoje, temos campeonatos mundiais de futebol feminino. Legal! Eu olho! Vôlei, basquete, equitação, aviação, remo, box, luta livre, levantamento de peso, onde se olhar, lá estão elas! Na política, na polícia, no crack, no álcool, e na guerra, também. Na literatura, no espaço sideral, nas boates, nos colégios, nos hospitais. Em certas horas, principalmente, à noite, a gente as acha dentro de casa, às vezes não! Bem quem disse que aí deveria ser o seu lugar? No contexto da vida de hoje temos que forçosamente discutir o futuro. Aliás, muito pouco se discute o futuro, o presente é que importa! Por exemplo, o casamento é ou não é um instituição falimentar? Quem ainda se predispõe a passar junto com uma pessoa pelo resto da vida? O amor perdura ou desaparece com a paixão? E quem cuidará das crianças? As vovós, hoje em dia, querem estar longe de compromissos com netos! Viajar, dançar, caminhar, chás, eis as questões do momento.
Diante das tendências transformadoras, me pergunto, como será a sociedade de amanhã? À mulher cabe, sem sombra de dúvida, uma responsabilidade enorme, que ela mesmo, como ser social, está chamando para si. O ponto de equilíbrio só será estabelecido com muito trabalho e quiçá com muito sofrimento. A mulher tem a missão da maternidade que não poderá ser delegada ao homem. Ela conseguiu o controle dessa missão, posterga-a ou a ignora, para entrar no mundo que almeja,.É sério! A natureza não lhe permitiu ser ovípara, como outras espécies, que lhe daria o direito de exigir que o homem também chocasse os ovos! É um conflito que lhe gera stress. Ela sabe que seus óvulos envelhecem com ela e isto é problema para a sua cria.. Talvez, não devesse resolver isso sozinha.
Haverá lugar para o “romantismo”? Hoje só se canta a realidade, a revolta do excluído(a), as mazelas sociais das favelas, a sexualidade, os manos é que mandam. E assistimos ao findar de vidas desses ícones da juventude. Ah! A mulher também canta Rap. E também se suicida.
Na verdade, a grande oportunidade, para mulheres e homens, se chama relacionamento, para que possam exercitar-se e encontrarem os caminhos comuns de uma evolução que os conduza à felicidade.
Eu jamais abriria mão de alguns atributos para a mulher: doçura, feminilidade, charme, encanto.
Droga! É areia movediça pura!