sexta-feira, 14 de julho de 2023

REINO DO AÇÚCAR-UMA DOCE HISTÓRIA




Esse conto foi inspirado num ensaio sobre a história da cana-de-açúcar que escrevi visando trazer para a Literatura conhecimentos sobre plantas que tiveram uma importância significativa para a sociedade brasileira.

"Reino do Açúcar -Uma doce história" eu redigi em pouco mais de dois dias. Trata-se de uma literatura infanto-juvenil, cuja pretensão é despertar nos jovens, dessa faixa etária, gosto por leitura.

 Estamos vivendo uma época de tremendas mudanças que se processam numa velocidade incrível, por conta da tecnologia informática. Nossas crianças e jovens já não sabem mais reconhecer um passarinho, uma vaca. O mundo virtual os afasta da realidade, a comida é engolida às pressas para retorno ao computador ou celular. As amizades são robóticas, não sabem relacionar-se em presença. As aulas virtuais estão chegando para substituir as presenciais. O professor é substituído pelo Google, pela Wikipédia, pelos aplicativos. Os pais não sabem, e a grande maioria, preocupados com a subsistência da família, pouco conseguem auxiliar e o jovem segue navegando pelo prazer e açodadamente. É competição por games, jogos que distraem mais do que ensinam. É um tatear na escuridão do futuro.

Diante de tudo chego eu com “Reino do Açúcar -Uma doce história”. Nada a ver com esse mundão informático. Mas, penso em convidar para uma pausa reflexiva. Eu o fiz com um conteúdo rápido, o mais o objetivo possível para prender a atenção dessas mentes que exigem foco e rapidez. Criei um mundo de fantasia para aproximar dos jogos que mexem com a imaginação dos jovens. Trouxe duendes, formigas e os misturei com uma história de amor , amor a ser conquistado por uma competição, própria dos games.

O tempo dirá se obtive ou não algum sucesso!

Vou lançar esse livrinho na feira do livro, na cidade de Novo Hamburgo, a realiza-se , em data a ser definida, lá por setembro ou outubro de 2023. Mas, já o estou distribuindo, gratuitamente, para algumas pessoas privilegiadas, bem como para a biblioteca da Academia Literária do Vale do Rio dos Sinos e, também, disponibilizando aos interessados a R$ 30,00, o exemplar, basta mandar um e-mail para mim: oynavy@gmail.com.


quinta-feira, 13 de julho de 2023

Lançamento da Antologia UNÍSSONO da Academia Literária do Vale do Rio dos Sinos – ALAVALES

 

Objeto : Livro contendo textos em prosas, poemas, contos , biografias e crônicas escritos pelos acadêmicos. Total de escritores: 38.

Local: Piano Bar do Hotel Swan Tower, Novo Hamburgo

Data: 31/05/2023   Hora: A partir das 19;00 h



 

ALVALES – Academia Literária do Vale do Rio dos Sinos, fundada em 29/07/1988, é uma associação civil de direito privado, reconhecida de utilidade pública conforme Lei Municipal nº 103/91, de 09/09/1991, com autonomia administrativa e financeira, de fins não econômicos, com personalidade jurídica distinta da de seus associados. Atualmente conta com 42 membros.

Sua sede fica localizada no Espaço Cultural Albano Hartz, no Calçadão Oswaldo Cruz, em Novo Hamburgo (RS), onde possui uma biblioteca e diversas atividades abertas ao público em geral.

e-mail: alales.academialiteraria@gmail.com

Minha contribuição, nesta antologia, constou dos seguintes textos:

- Nunca Mais (História inspirada no poema “O Corvo” de Edgar Allan Poe) (6,5 pág.)

- O Velho e o Barco ( conto que envolve perdas e perspectivas de um velho homem) (4,5 pág.)

- Mosaico Brasileiro ( Poema sobre a realidade brasileira) ( 3 pág.)

- Debaixo do Viaduto ( Poema que retrata uma realidade dura da vida) (1 pág)

 





domingo, 9 de julho de 2023

APRECIAÇÃO DA OBRA "UM RIO ENTRE NÓS"

 NOTA DO AUTOR

Este evento está inserido no calendário anual da Academia Literária do Vale do Rio dos Sinos, entre outras obras apreciadas.

A opinião dos colegas acadêmicos (as) me animam a continuar expondo minhas ideias literárias. Agradeço a eles esse importante incentivo.

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Apreciação do Livro “Um Rio Entre Nós”, realizado na Academia Literária do Vale do Rio dos Sinos, em  26 de abril de 2023



 Participaram do encontro os acadêmicos (as) : Adriane Marlei Kalsing, Diva Maria Lindenmeyer Prates, Genelci de Oliveira, Leandro Matte, Liti Belinha Rheinheimer, Marta Vargas, Nicias Sauer e Helenita Leal Habkost, como convidada, além do autor da obra Ivanio Fernandes Habkost.

Mediadora : acadêmica Nicias Sauer

19:39, 23/04/2023] Nicias ALVALES: Registro...Dia 26 de Abril-Quarta-feira próxima estará ocorrendo na Sala da ALVALES a partir das 16horas até às 18 horas, a apreciação do Livro :"Um Rio Entre Nós" escrito pelo nosso colega Acadêmico Ivânio Habkost. O evento estará assim organizado...

[19:40, 23/04/2023] Nicias ALVALES: Coordenação-Nícias Sauer. Cronometrista-Professora Marta Vargas.

[19:45, 23/04/2023] Nicias ALVALES: Convidados preparados para comentários apreciativos: Profa. Diva Maria Lindenmeyer Prates, Acadêmica Liti Belinha, Profa. Genelci de Oliveira,Profa Jane Michels,Filósofo Leandro Mate, Acadêmico Felipe Braun, Profa. Adriane Marlei Kalsing, Acadêmico Jorge Hansen.

[19:50, 23/04/2023] Nicias ALVALES: As falas dos apreciadores serão sorteadas na hora do Evento. Sobrando tempo teremos um momento mais livre. Sugiro ter outros momentos de fala sobre este livro porque é muito valioso para os habitantes de nossa região. Talvez o autor possa realizar uma palestra sobre seu livro. Outros acadêmicos poderão acertar com o colega Ivânio outros momentos de troca sobre sua obra: "Um Rio Entre Nós!"

 

Comentários dos colegas da Academia sobre o livro “Um Rio Entre Nós”:



 O escritor Ivanio Habkost descreve em sua obra, suas próprias raízes que formam assim parte da sua própria história. Seu trabalho através de seus escritos, nos permite uma visão sobre acontecimentos até então pouco conhecidos. Ivanio Habkost tem uma forma ímpar de escrever e assim registrar os acontecimentos e histórias através de bela narrativa.

 Depoimento do colega Felipe Braun

Livro:” Um rio entre nós" ,do escritor Ivanio Fernandes Habkost

Adorei  ler este livro! Que livro fantástico: um "quebra-cabeça “genial e detalhado, contendo romantismo, aventura e ação, mesclando ficção  e fatos históricos relevantes à imigração alemã no RS, Revolução Farroupilha, Episódio dos Muckers ,importância do Rio do Sinos e adicionando ainda, um romance dos tempos atuais.

É um livro que me "prendeu” do início ao fim e despertou em mim memórias afetivas da minha infância; também me instigou a pesquisar mais sobre os fatos históricos, aspectos geográficos e pontos turísticos do RS ,além de alguns vocabulários  relatados no livro.

Ao ler "Um rio entre nós ",cresceu em mim uma imensa vontade de pesquisar mais sobre meus antepassados, de criar um "baú e um caderno de recordações com “capa de couro”, como foi citado no livro...Deixar um legado carregado de episódios e memórias afetivas aos meus descendentes!

 Enfim, Ivanio escreve que o que mais quer "nesta espiral ascendente  de minha vida...é ser feliz!"

E quem não quer ser feliz, não é mesmo? Pois eu posso afirmar que fiquei muito feliz ao ler este livro,” viajando" junto nos enredos tão bem elaborados por Ivanio!

Parabéns, Ivanio, pelo teu belo livro!👏🏻👍🏻✨📖

        Um abraço de

Adriane Kalsing

Onde está o vosso tesouro, aí está o vosso coração", disse o mestre. Penso que Ivânio Habkost conseguiu com o coração criar um tesouro. Mesclando passado e presente, com duas histórias em uma, fez-nos sonhar com o futuro, numa fluência de contextos. Seus personagens são fruto de uma engenharia química que gerou um romance histórico gaúcho, nascido da saga dos imigrantes alemães e seus descendentes. UM RIO ENTRE NÓS é obra que fala de vidas unidas, e separadas, pelo Rio dos Sinos. É a nossa história. (Leandro Matte - Espaço Cultural Albano Hartz)

[16:19, 27/04/2023] Nicias ALVALES: "Eu, Nícias ,gaúcha, nascida no Rio  Grande do Sul...Eu, , cidadã do Vale do Rio dos Sinos!...Eu Nícias amante da Literatura...Digo...-Li o livro"  Um Rio Entre Nós" de Ivânio Habkost! Assim sendo, sou mais feliz, sou mais eu!

Viva a nossa identidade!🥰

 Nicias ALVALES: Obrigada colega Ivânio por este belo encontro  com a gente

Diva Maria Lindenmeyer escreve o seguinte sobre o encontro de ontem:

 Revisitar o passado, através dos hábitos , costumes, valores mas sobretudo refletir sobre a importância de valorizar, reverenciar nossas origens , marcam presença no Romance “ Um Rio Entre Nós “ de Ivãnio Habkost.

O emprego de um vocabulário claro, cheio de humanidade e afetividade, nas descrições, contribui para o encantamento do romance e sobretudo crescimento pessoal, pois nos toca o coração.


sexta-feira, 28 de abril de 2023

Posse na Academia Literária do Vale do Rio dos Sinos - ALVALES

 Na Academia Literária do Vale do Rio dos Sinos - ALVALES

Entrei para a Academia em 14 de dezembro de 2022, cerimonia que foi realizada no jardim da Fundação Ernesto Frederico Scheffel, sito à rua Daltro Filho, 911, Hamburgo Velho, Novo Hamburgo, quando li a poesia de Luis Caetano Pereira Guimarães Júnior - "Visita à Casa Paterna". O motivo de ter lido esta poesia foi porque ela expressa um retorno, o meu retorno a uma casa da qual eu nunca deveria ter saído - a literatura, através do curso de jornalismo que eu deveria ter cursado por vocação. Enfim estou em casa. 

Apresentei ao entrar para a Academia o romance que havia escrito, "Um Rio Entre Nós" que publiquei em 2004, do qual já falei neste blog e que será  motivo de análise em encontro com os acadêmicos.  
Escolhi como patrono o escritor Érico Veríssimo, ocupando a cadeira nº 42 da Academia.






terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Memórias - Parte I

 

Este meu velho blog vai sentir por me ver escrever tantas ideias que aportam em minha envelhecida mente.

“Anno Domini, 2022”, escrito em 3/11/2022 que precede este artigo, constituirá uma das partes das minhas memórias.

1ª PARTE  ( 27/12/2022 )

Atravessei inúmeras dificuldades, nas quais quase naufraguei. As primeiras, ainda, sem noção ou poder de análise, mas com muita dor no coração, melhor aperto. Um aperto muito forte da saudade infantil dos pais que ficaram longe, das águas do rio , das matas ribeirinhas, dos amigos, das amigas. dos animais, dos pássaros, dos frutos silvestres, do barro da chuva, do pão feito em casa, enfim da convivência sem armadilhas, da paz sem compromissos. Era a infância feliz, embora sem presentes materiais. Hoje eu entendo a diferença. Muito longe ainda, o amor dos avós e dos tios e tias, tenra infância saudosa, praticamente no chão da terra. As vacas, as galinhas, os cavalos, os cães. Até os cães pareciam diferentes e gigantes. O mato virgem, os riachos gelados, o cheiro da cardamomo. O orvalho, bem cedinho, matando a sede das folhas. O meu coração estava cheio dessas belezas da natureza quando parti e deixei tudo para inundar a saudade. Uma troca terrível, matas por prédios, animais por gentes, terra por asfalto, rios por chuveiros. Moldava a duras penas um ser que eu desconheceria, fustigado por regras, etiquetas, estudo, muito estudo. Um novo tipo de convivência que eu tateava à procura de uma realização que não sabia bem o que seria. Foi crescendo um vácuo dentro de mim que não conseguia preencher. Oásis na juventude permitiram seguir em frente – Grupo da Amizade – jovens reunidos em busca de convivência sadia, não havia drogas, nem álcool. Época de ansiedades, de insatisfações, de buscas. Enfim, nesse grupo, conheço a pessoa que viverá comigo por quarenta anos. Cedo, esse compromisso, porém. Havia muito a construir, muito a usufruir, mas segui em frente. Com muito esforço, consegui superar o obstáculo do vestibular. Era imperioso que fizesse uma faculdade. Aqui uma encruzilhada. Eu queria o Jornalismo, passei no Vestibular da PUC, mas ao mesmo tempo, passei também, no vestibular da Engenharia Química, este na cidade de Rio Grande. O que fazer? Ponderei a situação sozinho. Jornalismo seria pago, Engenharia, com bolsa. Não houve escolha, apenas imposição das finanças. Segui para Rio Grande. Uma era de muitas lutas, poucos recursos materiais, no início recebia uma bolsa de estudos, depois consegui trabalho no Centro de Pesquisas Oceanográficas e já, no fim da faculdade, como professor de química no Colégio dos Irmãos Maristas. Resolvi, num gesto pusilânime, casar. Hoje vejo que não era tempo. Veio o primeiro filho. A luta se agigantava. Era um roldão de destino misturado com decisões apressadas. Talvez, por essas razões, seguramente por elas, levei um ano a mais para concluir a faculdade, o que até hoje sinto, porque o convívio a posteriori com os colegas com os quais convivi e criei fortes vínculos de afetividade, me foi negado por esta circunstância, mas apesar disso a amizade não esmoreceu e continuo sendo lembrado e mesmo comunicando-me, via whats e também esporádicas visitas dos mais chegados. Também, é claro, tenho encontros com os colegas que se formaram comigo e os mais saudáveis foram ao completarmos 10 anos e 50 anos de formado. Muitos dos colegas já se foram para os celestes campos, e quase todo o ano um parte, por isso preciso apressar - de novo o apressar!, para concluir essas minhas lembranças. Essa era de Rio Grande irá constituir a 2ª PARTE, pois acho importante salientar alguns episódios que ajudaram a forjar o meu caráter. Até lá!

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

ANNO DOMINI 2022

 Ah , meu blog querido, quanto tempo! Dias atrozes me impediram de estar aqui. Mas farei força para ser mais periódico com você e os amigos que me leem vez por outra. Hoje retorno, não com muito boas notícias, mas necessárias para construir minha história. Vejamos:

Anno Domini, 2022.

Estou com 82 anos e três meses e vivenciando eventos que considero normais para uma humanidade em evolução nesta Terra de regeneração, todavia, claro surpreendentes. Chegamos ao fim de uma pandemia o Covid 19 que levou para outra dimensão centena de milhares de homens e mulheres e da qual me livrei, bem como todos os familiares, com exceção do marido de uma prima irmã minha. O Covid me visitou, mas muito fraco, apesar que eu atribuo a ele minha perda parcial da audição do ouvido direito. Iniciei esse famigerado ano (e depois explico por que considero famigerado) no hospital, fruto de uma bactéria hospitalar que me pegou ao fazer uma cirurgia simples de hérnia inguinal. Quase bati as botas, estive na UTI por oito dias! Considero 2022 famigerado por que vivenciei  acontecimentos fora da curva:  primeiro a eleição para presidente da república de um ex-presidiário, condenado em três instancias jurídicas e absolvido por uma “canetada” de um Juiz do Supremo Tribunal Federal, sob os olhos complacentes do Senado Federal, quem de direito deveria ter coibido tal ação – esse evento ainda será narrado pelos historiadores, no devido tempo; segundo, o rompimento de relações com o meu primogênito por divergências, não ideológicas, nem religiosas, pois criei os meus dois filhos com plena liberdade de escolha, embora lhes tenha ensinado as principais virtudes do caráter de um homem, entre eles o respeito aos outros e, principalmente aos pais e mais velhos. Levando em conta esses ensinamentos, enviava via WhatsApp para ele alguns folders ou vídeos esclarecendo qual o melhor caminho para as eleições, mesmo sabedor que ele era simpatizante do partido dos trabalhadores. Pois, ele teve petulância de solicitar a seu pai que não lhe enviasse para o seu WhatsApp esse tipo de conteúdo. Retruquei dizendo que respeitava suas convicções, mas que não admitia que ele votasse num ladrão e corrupto, que não foram esses valores que lhe tinha ensinado. Sua resposta, ao invés de conciliadora, foi a de impropérios contra o outro candidato ao qual eu preferia. Não havia, no momento, outra decisão a não ser bloquear o e-mail dele e foi o que fiz. Pois, ainda vivi o suficiente para presenciar acontecimentos tão estranhos e imprevisíveis e que me afetariam tão proximamente. Com certeza, a compreensão que me passa a minha filosofia de vida, me faz aceitar serenamente esses acontecimentos, significa que eu sou merecedor deles e servirão para o meu aprimoramento. Somos todos irmãos e Deus nos dá as mesmas oportunidades de evolução, uns andam mais rápidos outros mais lentos e, acho que me encontro entre os últimos, pois estou nessa dimensão ainda. Algumas tarefas inconclusas, por certo, necessitam desse adicional de tempo que me é dado. Hoje ouvi algo interessante: existem muitos dias a serem vividos, mas só um para morrer! Vou aproveitar bem os que me restam, principalmente para perdoar. Sentimento extremamente difícil de concretizar, pois o orgulho, a prepotência, a ira são atrozes adversários.

Do alto desses meus 82 anos que me dão muita experiência de vida eu vejo que a sociedade brasileira tem muito a evoluir para aceitar serenamente o contraditório. Os homens que lideram o país têm pouca habilidade para compreender o seu papel. Criaram uma Constituição, mas não a respeitam e, principalmente os ministros do Supremo Tribunal Federal – a história demonstrará. A sociedade está numa perigosa encruzilhada: se divide entre um regime socialista, que não deu certo em lugar nenhum do mundo relativo às liberdades e um regime que está engatinhando entre a extrema direita e o centro. O primeiro deturpado, aqui no Brasil, mais ainda pela corrupção, causa da grande maioria dos males sociais. Quem conhece a história do Brasil pode traçar um paralelo com outros importantes e trágicos acontecimentos envolvendo o mandatário do país. Os perdedores dificilmente se conformam com a derrota e ficam atazanando o eleito no período do seu governo. Lembram Getúlio, que se suicidou, lembram Jânio Quadros que renunciou? Ainda estamos vivendo essa incompreensão na nossa própria pele, vejam o que fizeram com o Bolsonaro, deram-lhe uma facada quase mortal e depois o sistema o encurralou a ponto de não conseguir se reeleger, e quase não governar. Essa é a mentalidade torpe de brasileiros que colocam o poder e por consequência seus ganhos pessoais acima dos valores pátrios. E o que é pior interferem na educação dos jovens e crianças tornando as escolas um antro de ensinamento de ideologias, antes de um ensino de conteúdos, sob o argumento falso de que a escola tem de educar ao invés de ensinar. Educação é com os pais e assim mesmo ocorrem cisões ao invés de convergências, como no meu caso.

Temos muito que aprender. É preciso gerar conhecimento. É preciso constante vigília e muita atenção nos sinais para que se possa, em conjunto, principalmente, na família, bem maior da sociedade, construir valores perenes para o bem. Quem não quiser seguir por esse caminho do bem, que siga sua estrada, haverá outras chances, se não nesta, em outras vidas.

Por hoje e só pessoal!


quinta-feira, 23 de abril de 2020

"Marido Indignado"



                                               “MARIDO INDIGNADO!”
Corre o ano de 2020 - ano da pandemia do "Corona vírus".
Sou marido de uma professora da rede estadual de ensino, regente de classe do ensino fundamental. Hoje ela chegou ao auge de seu estresse físico e mental com crise incontida de choro, quase ao colapso cardíaco. Causa: excessiva exigência do sistema educacional gaúcho em função do corona vírus.
Vejamos o que acontece:
Em função do Corona vírus houve a determinação da Secretaria de Educação para que as aulas fossem ministradas via EAD. Mudança radical de um sistema analógico - aulas presenciais, para um sistema digital – aulas não presenciais, utilizando as tecnologias disponíveis. Acontece que nem todas as famílias estão preparadas para essa mudança, pois os estudantes precisam de celulares e/ou computadores para execução de suas tarefas. Os professores, não habituados, ao uso constante dessas novas tecnologias desenvolvem um desgaste físico e mental enorme para desempenar suas novas funções de professor EAD. No caso de minha esposa, os seus alunos, a maioria deles, não dispõem de computador, o que acarretou enviar as aulas via “WhatsApp”, plataforma não adequada para esse tipo de uso. Os alunos deveriam, portanto, dispor de um celular, o que também se tornou um motivo a mais de estresse para os pais que não conseguem fornecer mais um celular para o seu filho ou filhos. O drama familiar aumentou à medida que nem todos os pais estão em casa o dia todo e precisam, pois, auxiliar seus filhos após um dia estafante de trabalho. É possível imaginar muitas outras situações familiares similares que geram inúmeras condições estressantes, compartilhadas pelos professores.
Acresce a essas dificuldades a exigência da Secretaria de Educação de que os professores, concomitantemente, com o novo sistema de educação descrito acima, realizem cursos de atualização “on line”, bem como contribuições na elaboração do “Currículo Referência da Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul -  Ensino Fundamental e Médio”, também, lógico, via “on ljne”. Novos desgastes físicos e emocionais por parte dos professores, pois haja tempo e condições para ler um “catatal” de referenciais teóricos, alguns ou muitos com mais de 500 páginas, tudo com prazos especificados e utilizando um sistema informático instável e com muitos “Bugs”. Para entender, mais ou menos, o que significa essa contribuição na elaboração do currículo, uma professora regente de classe, como é o caso de minha esposa, deve contribuir em cada disciplina da classe que rege, isto significa refazer todo o referencial do currículo em forma de um plano, aos moldes do Referencial Curricular Gaúcho. Isto é, praticamente, repetir o que foi feito por uma equipe inteira, nesse referencial.
Minha esposa troca ideias e ânsias com suas colegas e, pasmem todas elas estão em estado de estresse lamentável, algumas com psiquiatra, outras utilizando remédios para dormir e para os nervos, mesmo assim, chegam ao estado que minha esposa chegou. Suas colegas, lhe ligam chorando, relatando os fatos de estresse familiar e pedindo ajuda para realizarem suas tarefas. Minha esposa tem a mim para ajudar, pois sou aposentado, e tenho tempo para auxiliá-la, mas me escapam conhecimentos referentes e também tenho que pesquisar e estudar.
Além de tudo isso, num momento, de quarentena, têm os professores conviver com achatamentos salariais propostos por leis estaduais, com perdas de, por exemplo, auxílio de difícil acesso e, por estarem em casa, perdem os auxílios de transporte. Nem, falemos, dos atrasos nos pagamentos.
Existem muito mais coisas dignas de serem incluídas aqui, mas já me alonguei demais.
Sou um marido indignado com a política educacional, com a falta de humanidade, de fraternidade, de espiritualidade, daqueles que formulam essas políticas e covardemente massacram a classe dos professores e, não tem a mínima coragem de elaborarem uma política de Estado e não de Governo.