segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

MARÍLIA PÊRA - Minha Homenagem

Última foto nos bastidores do programa da Globo "Pé na cova"


Ela se desmanchava sem preconceitos em cada cena
Fluía dela um mel de doçura em seu sorriso
De suas mãos flutuantes o envolvimento se completava
E chegava o personagem cativante, melodioso, amoroso
Dos seus olhos vinha a sua alma  profunda, interpretativa
O seu cantar trazia o silêncio dos ouvintes, alma a alma
A estrela iluminava radiante ao seu redor e, a luz se fazia
Personagens tantos, uma obra em cada um, um aceno
Uma colcha tecida com o esforço da perfeição, ela estendeu
No palco, na TV, na vida, na vida de cada um
Foi tantas e tantas, mas sobretudo Marília, Marília P
êra
A grande artista brasileira!


Eu me extasiava com a sua interpretação. Uma artista que me puxava para dentro do seu personagem, ela foi cada um deles profundamente. Contracenava com qualquer colega com a mesma generosidade, com o mesmo desprendimento. Foi soberba. Foi mestra. Será eterna. Não haverá despedida!

PARA RESUMO HISTÓRICO DE SUA VIDA:  http://mortenahistoria.blogspot.com.br/2015/12/morte-de-marilia-pera.html


sábado, 21 de novembro de 2015

A PÍLULA DO CÂNCER

FOSFOETANOLAMINA SINTÉTICA – A “PÍLULA DO CÂNCER”

Leia sobre esta substância no site abaixo da Wikipedia:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Fosfoetanolamina

 Notícia vinculada na revista EXAME do dia 03 de novembro de 2015, leia clicando no link abaixo:
http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/cientistas-contratam-empresa-para-regularizar-pilula-do-cancer

‘Estado do Rio Grande do Sul vai analisar a “pílula do câncer’.
Leia a notícia no Jornal NH ( de Novo Hamburgo/RS), na página 13 do dia 19/11/2015., que também publica:
“Laminar do Supremo abriu Jurisprudência –  No último mês, o Supremo Tribunal Federal (STF) acatou a laminar de uma paciente terminal de câncer, moradora do Rio de Janeiro, para uso da fosfoetanolamina sintética em seu tratamento...”

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Descarte correto de medicamentos


Na página 8 do NH de 17/11/2015 li a manchete " Descarte correto de medicamentos agora é lei". Pensei; "Finalmente fizeram uma lei que beneficia o consumidor, nessa área.", mas qual foi minha surpresa que no final da notícia li o seguinte: "Conforme a assessoria de imprensa da Semam( NH ), a lei prevê que o consumidor deve devolver o produto, com nota fiscal, na loja onde comprou!".
Pergunto: Quem guarda nota fiscal de remédio por um ano ou mais? E o cupom fiscal que a farmácia oferece apaga com o tempo, não se lê nada!?
A lei municipal 2.868/2015, de Novo Hamburgo/RS, com certeza não vai beneficiar o consumidor que já tem sua vida atribulada para ainda ter que guardar nota de medicamento com cupom que apaga! 
 E o descarte continuará do jeito que está, infelizmente!
Será que eu estou tão "fora da casinha" assim?!

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

INDIGNAÇÃO

Indignação !
( Nov. 2015)

Ainda não sei o que vou criar agora. Vou deixar que meu coração e minha mente falem e vou escrever sem cortes. Não sei se o título é adequado, mas vou deixar assim.

Quando comecei a me dar conta das coisas, assisti a criação da Petrobrás. Amei “O petróleo  é nosso”. Assisti Getúlio Vargas suicidar-se, o reboliço político e social após sua morte. Janio Quadros não aguentou. Juscelino construiu Brasília. Jango foi deposto, veio a ditadura. Miltares no poder por anos a fio. Perseguições, torturas, mortes. Eleições. Itamar, Fernando Cardoso, Lula e agora Dilma. Hodiernamente “Mensalão”, “Lava Jato” e o que mais veremos? Passou minha vida ativa e estarrecido vejo um suceder de clãs roubando o dinheiro do povo, quadrilhas assaltando o povo, matando o povo. Ladrões de toda estirpe sendo soltos no maior disparate social.. Escolas sucateadas no físico e no moral. saúde, segurança, mobilidade urbana, meio ambiente, tudo atirado a um segundo plano. Impostos exorbitantes para sustentar uma máquina pública vergonhosa. E a natureza gritando: tsunamis, queimadas, terremotos, tempestades, seca, desertos se formando, safras agrícolas perdidas... Hordas de seres irracionais invadindo e matando inocentes. Hordas de seres racionais escravizando, humilhando. Crianças raquíticas, com sede, com fome. Seres perdidos por todo o lado.
Senhor Deus da Humanidade, onde estás? Não sou ninguém para Lhe perguntar, apenas um filho Seu. Mas, ouso ainda, como permites que um filho Seu alcance a tanto mal? Deturpe as mentes, minta, sirva-se dos outros para enriquecer materialmente? Porque permites que um Steve Jobs morra tão cedo, quando a humanidade precisava tanto dele? Do seu gênio, da sua criatividade? Do seu fazer inovador?

“Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?”

Castro Alves já perguntava! E faz tempo! E muita gente continua perguntando. Teremos paciência?

Eu era uma criança pobre, pé no cão, calça remendada e outras convivências desta dimensão. Fui arrancado desta vida e lançado em outra e comecei a conviver com meus limites na busca de objetivos que nem eram meus e me transformei num ser lutador, ansioso por sempre estar com meus limites na conquista do que achava que era certo e necessário. Tive que aprender a escrever com a mão, depois com a máquina de escrever, mais adiante com o computador, aprendendo no esforço e, nos meus limites sempre, a dominar esta máquina fantástica, símbolo de uma era espetacular da evolução humana .Uma montanha de novos termos estrangeiros e na língua mãe a aprender, entender o seu significado: softwares, hardwares, sites, web,  feedback,e por aí vai. Além, é claro, da absorção e atualização dos meus conhecimentos profissionais para exercer minha profissão de engenheiro químico. Agora, não consigo descansar, embora com 75 anos e aposentado. Chegam os celulares, os smartphones, o whatsapp, o facebook, o twiter. Uma linguagem de novo, nova, repleta de estrangeirismo da língua inglesa Qualquer criança já entende sem maiores esforços. E Eu? E meus neurônios, já envelhecidos? A ansiedade é enorme. Não me conformei vendo meus filhos e netos nessa “onda” e eu fora. O moderno smartphone já está comigo, e luto para aprender. Muita ansiedade, enxurrada de coisas novas, um mundo virtual a me chamar a me puxar, “curtidas”, “compartilhamento”, mensagens, jogos, opiniões contraditórias ou não, aplicativos a centenas, uma loucura!
O tempo passando, a tecnologia evoluindo e, eu, tendo o privilégio de ver, acompanhar e participar de tudo isso, de toda a maravilha e de toda a canalhice dos políticos a enriquecerem e o povo e sociedade sendo levado nesse roldão.
Tenho meditado muito e, agradeço a Deus, por esse tempo que me é dado. Agradeço também, à possibilidade de transformar em palavras o que me vai na alma. O registro é por conta do meu viés jornalístico que me foi roubado pela vida. Muitas coisas me foram roubadas, mas me conformo. Muitas outras coisas ganhei, me conformo também. Mas, muito mais conquistei por luta, por energia, por talento, embora escasso.
Preocupo-me com a humanidade. Para onde vamos? Hoje, nunca vivi um momento assim, estamos quase perdidos. Valores, espiritualidade, ética, honestidade, respeito, convivência social, relacionamento, tudo em discussão, como se não tivéssemos algum legado.
O Prof. Cleber Prodanov, em sua crônica (O Elevador, NH-12.11.2015)  escreveu sobre o comportamento das pessoas num elevador. Meus Deus, é isso mesmo, não nos cumprimentamos ao entrarmos naqueles cubículos, não seguramos a porta, queremos entrar na frente de idosos, de mães com seus pequenos no colo, todos estranhos uns aos outros embora humanos. Aquele cubículo passa a ser um espaço de constrangimento, mau humor, e de falta de civilidade. Que exemplo diário e atual do que está acontecendo conosco! E assim é em qualquer segmento, no trânsito, nas escolas, nas delegacias, nos postos de saúde, e por aí vai.
Que tempos! Mais uma vez pergunto com nosso poeta magistral:

“Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?”

E assim o tempo passa e verdades ditas, como essa por Castro Alves, continuam bem atuais. Por acaso a escravidão terminou?

Somos escravos dos desejos dos outros, da ganância deles e nossa, do nosso stress, do computador, agora dos smartphones, dos carros importados, dos impostos, do medo, da ansiedade, das neuroses maiores e menores. Escravizamos e somos escravizados!

Criam-se leis e mais leis, cheias de alternativas para interpretações dos nobres advogados e juízes prolongarem, quase sempre, por anos, quando não indefinidamente, as sentenças. Políticos ladrões cumprindo penas em casa, ou absolvidos, traficantes protegidos, menores infratores matando sem punição.
Inocentes morrendo ou em cadeiras de rodas. Crimes bárbaros no trânsito, cometido por irresponsáveis que, mediante fiança, ficam soltos e voltam a cometer as mesmas infrações!
Balas perdidas matando crianças!
Escolas perdidas formando analfabetos e vazios de aprendizado ético. Professores à própria sorte!

Quem mudará? Sodoma e Gomorra Foram exemplos. Tsunamis também! Hiroshima e Nagasaki idem. Os meteoros foram os primeiros corretivos!

Bíblicos, históricos ou reais, esses fatos nos lembram exemplos bem significativos de transmutações sociais quer políticos (Queda da Bastilha), quer tecnológicos (Revolução industrial, Conquista espacial, Computadores, Celulares), ou para sermos bem brasileiros, no esporte, os 7 X 1 para a Alemanha, ( Copa do Mundo Fifa 2014) que acabou com uma era futebolística brasileira.

Oremos!


terça-feira, 4 de agosto de 2015

SALIM


Julho/2015.
Andando pelas ruas do Rio de Janeiro parei para observar as esculturas expostas sobre a calçada: máscaras africanas, figuras de animais africanos entre outras. Então meus olhos concentraram-se no escultor, um negro simpático, de canelas muito finas e sorriso fácil. Salim, seu nome. Esculturava, em madeira, um elefante. De onde és Salim?, perguntei. Sou do Senegal. Perguntei o preço de uma girafa entalhada em madeira que Helenita, minha esposa estava interessada. R$ 80,00, respondeu ele. Dei-lhe R$ 100,00 e ele me devolveu R$ 70,00, Então, lhe perguntei novamente quanto custava a girafa e ele confirmou os R$ 80,00. Devolvi-lhe os R$ 50,00 a mais que me estava dando. Ele, com um sorriso e um certo olhar, me agradeceu. Pedi que tirasse uma foto comigo o que concordou. Nesse encontro passei no teste de honestidade, mas mais do que isso fiquei imaginando a coragem daquele homem, em terra estranha a ganhar a vida com sua arte, muito humilde, mas repleta de recordações de sua África. Era magro e vestia uma roupa típica de sua cultura, como se vê na foto. Pensei se sua magreza era de subnutrição ou se assim era sua constituição física. Não fiquei sabendo.
O Salim faz um Rio de Janeiro mais belo e peculiar e tornou minha estada mais humana, pois consegui interagir com o pulsar dessa magnífica cidade.


sábado, 18 de julho de 2015

NA PARTE INFERIOR DA SENOIDE EMOCIONAL

Muitas vezes, meu emocional se encontra na parte inferior da senoide de minha vida. Muitas vezes eu ouço pessoas e, também, leio nas redes sociais, de alguma forma, apelos explícitos ou implícitos, por algum tipo de ajuda, Nós somos assim, períodos de euforia, estabilidade e depressão, se alternam. Nenhum desses períodos, que se prolongue, é bom, nem mesmo o de estabilidade, pois o universo é um exemplo de transformação constante, apesar de suas leis.O conflito gera mudanças.Buscar soluções constantes para auxiliar-nos é a solução.Pensando nessas coisas, encontrei:

Mais Uma Vez 

Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã 
Mais uma vez, eu sei 
Escuridão já vi pior 
De endoidecer gente sã 
Espera que o sol já vem 

Tem gente que está do mesmo lado que você 
Mas deveria estar do lado de lá 
Tem gente que machuca os outros 
Tem gente que não sabe amar 
Tem gente enganando a gente 
Veja nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar 
Confie em si mesmo 
Quem acredita sempre alcança 

Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã 
Mais uma vez, eu sei 
Escuridão já vi pior 
De endoidecer gente sã 
Espera que o sol já vem

Nunca deixe que lhe digam 
Que não vale a pena acreditar no sonho que se tem 
Ou que seus planos nunca vão dar certo 
Ou que você nunca vai ser alguém 
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar 
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar 
Confie em si mesmo 
Quem acredita sempre alcança
Renato Russo
Uns são assim como retrata o Renato Russo, talvez, sempre existirá alguém do mal que te inveja, que quer te derrubar, que vai te oprimir, que vai te humilhar e, quererá de alguma forma te prejudicar. Por outro lado, existe uma grande porcentagem de pessoas que desejam o bem, E se você não conseguir sair do "buraco" sozinho, como canta Renato Russo, procure alguém que o seu coração indica, a maioria das vezes essa pessoa está bem pertinho de você.

terça-feira, 12 de maio de 2015

“DOIDARRAZ, ESCANIFRADO E MAU...”

Trazendo Recordações - Janelas para o passado – II (Abril/2015)


“DOIDARRAZ, ESCANIFRADO E MAU...”  

Quando se é jovem, geralmente, a nossa mente é mais ágil e sobra lugar em nossa memória para gravarmos o que gostamos como filmes,  a letra de alguma música ou mesmo a música, alguma história, um fato interessante, um evento ou mesmo algo sem muito sentido que nos agrade. Pois, lembrei-me que, em certo tempo de minha juventude, decorei um texto bizarro que permanece até hoje em minha mente. E, para dar um pouco de atenção a esta minha mente que guarda isso e algumas outras tantas coisas, resolvi pesquisar a origem deste texto e aprofundei este estudo o qual me levou a aprender coisas novas e interessantes, bem como recordar outras. No tempo em que decorei o texto não havia Internet, mas agora ela me proporcionou uma interessante viagem.
Eis o texto que guarda minha memória:
“Doidarraz, escanifrado e mau, moralão cloacino dos estutilóquios regeneradores que a caninina facúndia de Quintilhano compele no sadismo dos maldizentes procelosos....”

È isso que recito de cor.

Pesquisando, eis que do endereço:
http://www.ciberduvidas.com/idioma.php?rid=2386
retirei o seguinte:
“Falar difícil
Duda Guennes*

Há gente que gosta de falar difícil. Alguns por sua cultura bacharelesca e outros pela vivência científica das suas profissões.

“Em 1968, o jornal "Diário de Notícias" do Rio de Janeiro publicou uma carta-aberta que o dire(c)tor do Serviço Nacional de Doenças Mentais (acho que se chamava Lopes Rodrigues ou Lopes Gonçalves, por aí) endereçou ao escritor Gustavo Corção, na qual, entre outros mimos, chamava-o de «Doidarraz escanifrado e mau, moralão cloacino dos estultilóquios regeneradores que a canina facúndia de Quintiliano compele no sadismo incoercível dos maldizentes procelosos, ao duelo hipocondríaco da luta com os moinhos da sua alucinada quixotesca nosocomial dematóide do regicídio inconsciente e de esquizopata da agressão bebefrênica...» e por aí vai.”

Parece-me que o texto ainda segue com outras “facundias de Quintilhano”. Vamos começar pelo significado das palavras para ficar mais interessante.

Significado das palavras:
-   escanifrado – magrela, raquítico
- cloacino – relativo a cloaca, latrinário, indecente
- estultilóquios – palavras estultas (Estulto: tolo, néscio, insensaro)
- facundia: facilidade de discursar, eloquência
- Quintilhano: nome com que ficou conhecido Marcus Fabius Quintiliana (Calagurris Nassica, atual Calahorra, Espanha, c 30 - ?c.100) Abriu em Roma uma escola de retórica. Em seu tratado sobre oratória, reagiu contra o gosto “moderno” representado por Sêneca e pregou um retorno ao classicismo de Cícero. Essa obra, que exerceu grande influência no Renascimento, trata, além de técnicas de retórica, de teoria educacional, crítica literária e ensinamentos morais. (Enciclopédia Larousse)
- Compele: compelir- obrigar, forçar, constranger
- Sadismo- gôso com o sofrimento alheio
- Incoercível: que não pode ser coagido
- Proceloso- relativo a procela; tempetuoso. (Procela: Tempestade marítma, agitação extraordinária)
- Hipocondríaco- aquele que sofre de hipocondria. (Hipocondria: Estado mental caracterizado por depressão e preocupação mórbita)
- Nosocomial – relativo a nosocômio. (Nosocômio: hospital)
- Dematóide- o dicionário não define
- Regicídio – assassino de um rei ou rainha
- Esquizopata – o dicionário não define. Deve ser algo como esquizofrênico (que sofre de esquizofrenia-loucura.
- Bebefrênica – o dicionário não define
- Quixotesca – que diz respeito a Dom Quixote, próprio ou característico de Dom Quixote (Dom Quixote De La Manvha, romance escrito por Miguel de Cervantes Saavedra)

Naquele tempo preocupei-me apenas em decorar o texto, razões não tenho, talvez por achar diferente ou coisa assim. Agora muitas questões me surgem:
- Por qual razão o autor do texto o escreveu e com tamanha virulência ofensiva?
- Quem é o autor e Gustavo Corção? Deste último, lembro-me vagamente que li algum de seus livros.

E uma outra questão: vontade imensa de reler Dom Quixote de La Mancha, romance que li em minha juventude, maravilhoso e que me proporcionou uma inédita visão de mundo.. Tenho ainda os dois volumes dos “Clássicos Garnier – Difusão Européia do Livro”

E Quintilhano? Fico imaginando que tenha sido o manancial onde beberam (ou bebem!) os estudantes de advocacia para aprimorar a sua facúndia.
Quanta cultura se pode extrair, por curiosidade, de um texto de tal forma escrito.

Mas, aprofundando as pesquisas:

Sobre Quintilhano ler no endereço:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quintiliano


Sobre Gustavo Corção:

https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&rlz=1C1AVNG_enBR618BR627&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=jornal+diario+de+not%C3%ADcias+1968+Rio+de+Janeiro+Gustavo+Cor%C3%A7%C3%A3o

Neste endereço se encontram artigos que nos dão uma panorâmica do pensamento de Gustavo Corção,  Entre eles:

“Gustavo Corção: apóstolo da 'linha-dura'  Bras. Hist. vol.32 no.63 São Paulo  2012”:

RESUMO
O objetivo deste artigo é analisar as crônicas de Gustavo Corção na imprensa brasileira (Diário de Notícias e O Globo) entre 1964 e 1968. A hipótese é que Gustavo Corção foi um dos artífices na esfera pública brasileira da legitimação das bases antidemocráticas da 'democracia' do regime militar. Além disso, a sua definição pela 'linha-dura' relacionou-se aos inimigos escolhidos, quase sempre personalidades católicas. Com isso poderemos perceber tanto aspectos da participação do laicato como da relação que se estabeleceu entre o Estado brasileiro e a Igreja católica no período em tela. O artigo procura demonstrar que é preciso mais atenção à recuperação dos sentidos de democracia que os grupos sociais mobilizaram naquele período, menos para justificar suas ações, e sim para entendê-las e contextualizá-las.”



CORÇÃO  E O CATOLICISMO:
XIII Congresso Brasileiro de Sociologia 
 29 de maio a 1 de junho de 2007, UFPE, Recife (PE)
Grupo de Trabalho: Pensamento Social Brasileiro
CONSAGRAÇÃO E DESLEGITIMAÇÃO: GUSTAVO CORÇÃO NA CRÔNICA BRASILEIRA.
Christiane Jalles de Paula (CPDOC)


CORÇÃO E O REGIME MILITAR:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882012000100008

Lendo sobre Corção, dá para entender o texto do artigo que origina esta minha crônica. Ele gerou muitos adversários ao longo de sua vida pública e entre eles, com certeza, o autor do texto que minha mente teima em guardar.
Esclarecido o mistério !!!
Aprendi bastante!

quinta-feira, 23 de abril de 2015

PONTO DE TANGÊNCIA

Quero escrever, hoje, sobre ponto de tangência!.

Venho pensando sobre, há algum tempo.
Ponto de tangência é um conceito matemático em que duas entidades se encostam num determinado ponto de si mesmas.
Pensei em usar esse conceito para algumas situações e, principalmente, no relacionamento do ser com outros seres, do ser com o ambiente, do ser com situações e por aí vai.
Imaginemos que tenhamos dois pedaços de pedra ferro, uma em cada mão. O que acontece se tangenciarmos as duas? Depende, não é mesmo? Até faísca podemos obter e com elas acender um fogo!
Aprofundemos.
Onde os pontos de tangência entre duas pessoas? Muito generalizada essa questão. É preciso um contorno mais específico. Escolhamos: no trabalho? Em casa? No metrô?, no clube, na rua?
Pois, vou lhes descrever um ponto de tangência na rua. Aconteceu comigo. É um fato real. Caminhava eu, na rua Salgado Filho, em Porto Alegre, nas proximidades do viaduto da Santa Casa, quando vislumbrei uma senhora, de cor preta, maltrapilha vindo em direção oposta à minha, na mesma calçada. Compadeci-me dela e dirigi-lhe, mentalmente, uma oração. Ao passar por mim, acreditem, deu-me um tapa no rosto, para espanto dos demais transeuntes!. Ainda procuro uma boa explicação. Como sou espírita tenho cá minha versão.
Na rua tangenciamos com centenas de pessoas. Todas desconhecidas, embora, seres humanos. Já tentou parar alguma e lhe dirigir a palavra? Pense nas consequências...
Pensemos no entorno familiar, em casa. Em que momentos marido e mulher se tangenciam? Sempre surgem restrições para esse ponto, ou esses pontos, serem definidos.
Mas, cada um, a seu tempo, será diferente do anterior como se dá, embora, talvez, sempre no mesmo lugar, na mesa, na cama, na sala, enfim, também, em outros lugares. Situações repletas de contexto.
Ponto de tangência, portanto, serve para olharmos o relacionamento. O relacionamento é uma oportunidade, nunca um problema. O ponto de tangência, no relacionamento, deveria vir carregado de amenidades: Uma flor, um perfume, um abraço, uma palavra não dita, uma palavra bem dita, um pedaço de pão, um olhar, um abraço, um bom dia, um boa noite, boa viagem, te amo, tu és meu amigo.
Mas, somos seres humanos, e muitas vezes, permitimos que o tangenciamento seja uma colisão. E, tal, como na colisão das pedras ferro, surgem faíscas que aqui têm nome: crise.
Toda crise é resistência à mudança, sabemos. Cabe nossa análise e aceitação.
Sempre que nos deparamos com uma entidade, animada ou inanimada, temos uma possibilidade de acontecer um  ponto de tangência. Temos sempre a escolha e ela depende do nosso domínio sobre nossas imperfeições.
Coloquemos as amenidades na frente! Elas irão regular o tangenciamento  não permitindo a colisão. Se não conseguirmos, sejamos, em última instância “como o sândalo que perfuma o machado que o fere”! Roto pensamento que atravessa os tempos, mas que não praticamos ao pé da letra. O mais simples é fugir de uma discussão para que palavras ruins não saiam de nós e rasguem a sensibilidade do outro. Ou que vão se acumulando e minando a relação.
O ponto de tangência é uma sutileza importante.
Na mesa, quando nos reunimos para uma refeição, encontramos um ponto de tangência que, na maioria das vezes, não aproveitamos, A televisão fica ligada, ou o celular toca, enfim engolimos a refeição e o tempo tão proveitoso nesse ponto de tangência, se esvai. Fazemos, mesmo que individualmente e mentalmente, um agradecimento pelo pão que nos alimenta naquele momento? Aproveitamos para perguntar ao outro (s) o que de importante aconteceu? Quais os planos? Usamos de amenidades: Passa o feijão, por favor? A salada está ótima! Como foi o seu dia?
E, no trabalho? Olá pessoal, bom dia! Por favor, vamos para reunião. Chefe, trouxe aqui o que o senhor me pediu, espero que esteja a seu gosto. Obrigado, sente-se, por favor. Hoje é aniversário de nosso colega, cantemos parabéns para ele. São muitas as amenidades que podemos acrescentar ao dia a dia do nosso trabalho, afinal precisamos trabalhar.
Relacionamentos só se constroem com pontos de tangência. E não vivemos sem nos relacionarmos. Hoje em dia os pontos de tangência se modificaram, acontecem mais velozmente, as maneiras se multiplicaram: facebook, e-mail, celular, whatsapp, televisão, e por aí vai. Os relacionamentos se expandiram para o mundo virtual. Novos conceitos, novos comportamentos, novas atitudes se disseminam como o ar. Temos uma visão de mundo e do mundo tão rapidamente que nos perturbamos, nos agitamos, nos estressamos, É um entorno imenso para o qual temos que nos adaptar. Por isso precisamos olhar para o ponto de tangência que se nos apresenta, restringir a abrangência do contexto, e tentarmos atingir esse ponto suavemente, como uma nave que desce e se assenta na base sem solavanco.
Repito: o relacionamento é uma oportunidade, não um problema! O ponto de tangência é o foco!




quinta-feira, 5 de março de 2015

Lei da Entropia


Autoria de um excelente professor de física e matemática que também sabe escrever.
Autor: Prof. Pachecão - José Inácio da Silva Pereira
Diário do Sudoeste da Bahia
Postado em 9/12/2013


Conselho aos da minha geração. Estamos envelhecendo. Não nos preocupemos! De que adianta, é assim mesmo. Isso é um processo natural. É uma lei do Universo conhecida como a 2ª Lei da Termodinâmica ou Lei da Entropia. Essa lei diz que: “A energia de um corpo tende a se degenerar e com isso a desordem do sistema aumenta”. Portanto, tudo que foi composto será decomposto, tudo que foi construído será destruído, tudo foi feito para acabar. Como fazemos parte do universo, essa lei também opera em nós. Com o tempo os membros se enfraquecem, os sentidos se embotam. Sendo assim, relaxe e aproveite. Parafraseando Freud: “A morte é o alvo de tudo que vive”. Se você deixar o seu carro no alto de uma montanha, daqui a 10 anos ele estará todo carcomido. O mesmo acontece conosco. O conselho é: Viva. Faça apenas isso. Preocupe-se com um dia de cada vez. Como disse um dos meus amigos a sua esposa: “me use, estou acabando!”. Hilário, porém realista. Ficar velho e cheio de rugas é natural. Não queira ser jovem novamente, você já foi. Pare de evocar 
lembranças de romances mortos, vai se ferir com a dor que a si próprio inflige. Já viveu essa fase, reconcilie com a sua situação e permita que o passado se torne passado. Esse é o pré-requisito da felicidade. “O passado é lenha calcinada. O futuro é o tempo que nos resta: finito, porém incerto” como já dizia Cícero. Abra a mão daquela beleza
exuberante, da memória infalível, da ausência da barriguinha, da vasta cabeleira e do alto desempenho pra não se tornar caricatura de si mesmo. Fazendo isso ganhará qualidade de vida. Querer reconquistar esse passado seria retrocesso e o preço a ser pago será muito elevado. Serão muitas plásticas, muitos riscos e, mesmo
assim, você verá que não ficou como outrora. A flor da idade ficou no pó da estrada. Então, para que se preocupar? Guarde os bisturis e toca a vida. Você sabe quem enche os consultórios dos cirurgiões plásticos? Os bonitos. Você nunca me verá por lá. Para o bonito, cada ruga que aparece é uma tragédia, para o feio ela é até bem vinda, quem sabe pode melhorar, ele ainda alimenta uma esperança. Os feios são mais felizes, mais despreocupados com a beleza. Na verdade, ela nunca lhes fez falta, utilizaram-se de outros atributos e recursos. Inclusive tem uns que melhoram na medida em que envelhecem. Para que se preocupar com as rugas, você demorou tanto para tê-las! Suas memórias estão salvas nelas. Não seja obcecado pelas aparências, livre-se das coisas superficiais. O negócio é zombar do corpo disforme e dos membros enfraquecidos. Essa resistência em aceitar as leis da natureza acaba espalhando sofrimento por todos os cantos. Advêm consequências desastrosas quando se busca a mocidade eterna, as infinitas paixões, os prazeres sutis e secretos, as loucas alegrias e os desenfreados prazeres. Isso se transforma numa dor que você não tem como aliviar e condena a ruína sua própria alma. Discreto, sem barulho ou alarde, aceite as imposições da natureza e viva a sua fase. Sofrer é tentar resgatar algo que deveria ter vivido e não viveu. Se não viveu na fase de vida o melhor a fazer é esquecer. A causa do sofrimento está no apego, está em querer que dure o que não foi feito para durar. É viver uma fase que não é mais sua. Tente controlar essas emoções destrutivas e os impulsos mais sombrios. Isso pode sufocar a vida e esvaziá-la de sentido. Não dê ouvidos a isso, temos a tentação de enfrentar crises sem o menor fundamento. Sua mente estará sempre em conflito se ela se sentir insegura. A vida é o que importa.
Concentre-se nisso. A sabedoria consiste em aceitar nossos limites. Você não tem de experimentar todas as coisas, passar por todas as estradas e conhecer todas as cidades. Isso é loucura, é exagero. Faça o que pode ser feito com o que está disponível. Quer um conselho? Esqueça. Para o seu bem, esqueça o que passou.
Há tantas coisas interessantes para se viver na fase em que está. Coisas do passado não te pertencem mais. Se você tem esposa e filhos experimente vivenciar algo que ainda não viveram juntos, faça a festa, celebre a vida, agora você tem mais tempo, aproveite essa disponibilidade e desfrute. Aceitando ou não o processo vai continuar. Assuma viver com dignidade e nobreza a partir de agora. Nada nos pertence. Tive um aluno com 60 anos de idade que nunca havia saído de Belo Horizonte. Não posso dizer que pelo fato de conhecer grande parte do Brasil sou mais feliz que ele. Muito pelo contrário, parecia exatamente o oposto. O que importa é o que está dentro de nós, a velha máxima continua atual como nunca: “quem tem muito dentro precisa ter pouco fora”.
Esse é o segredo de uma boa vida.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Professores Heróis!


Se eu fosse professor,
 não renunciaria a mim mesmo, mas abriria minha alma para a compreensão,
.
traria o meu conhecimento, mas abriria minha mente para aprender,

traria o meu programa de ensino, mas não ultrapassaria o limite dos meus alunos,

traria os meus defeitos, mas não os colocaria no ombro dos colegas, nem dos alunos

teria poder, mas usaria a fraternidade

teria momentos de raiva, mas usaria a paciência

Será que eu seria assim? Bem, pelo menos me esforçaria!

Desejo a todos os professores um feliz ano letivo de 2015!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

2015!

 2015!

11 de Fevereiro.
Primeiros pensamentos deste ano em meu blog.
“2015” ano de completar 75 anos de vida. Estou no lucro, se chegar até 04/08 dia de completar esta idade. É um bom pensamento inicial. Na verdade, é apenas, a idade do Ivanio, nome que meus pais deram a meu corpo quando nasci. Como acredito na continuidade da vida, nem sei a minha idade, por isso não me espanto com o futuro. Mas, estou muito preocupado com o presente, pois não tenho respostas para muitas perguntas:
- Qual o futuro do nosso planeta? Quanto o homem abreviará sua existência?
- Qual o futuro do nosso país?
- Qual o futuro de nossa sociedade? Ou, da Humanidade?
- Qual o futuro da Ética?
- Qual o futuro da Moral?
- Qual o futuro da Política?
- Qual o futuro da Paz?
Poderia questionar qualquer atividade porque estou decepcionado! Não quero falar sobre o que diuturnamente ouvimos e lemos nos meios de comunicação. Esses assuntos nos tiram do foco. Nossos pensamentos estão, infelizmente, impregnados desses fatos e quase não conseguimos parar para escrever uma poesia, um conto, uma carta, ler um livro com serenidade. Eles, nossos pensamentos, estão sendo induzidos a criar ações individuais, sem solidariedade, sem fraternidade, para defender nossos interesses de poder, de egoísmo, de sobrevivência.
Já se difunde a ruptura social no país!
Também já vi este filme!
Piorou!
Eu aceito o elefante, o rinoceronte, o jacaré, a cobra, mas não os coloco dentro da minha casa, agora não sou contra quem o faz! Mas, tenho o direito de não conviver com eles. Esses animais os vejo no zoológico, na televisão, talvez num “safari”, se tivesse dinheiro, mas com muita segurança. Talvez seja uma questão de dimensão!
Não gosto de fumaça de cigarro. Só fiquei ciente disso quando deixei de fumar, aliás, bem cedo! Outra coisa, fico com muita indignação quando um fumante coloca suas baganas em meu território!
Olho com tristeza para jovens que possuem todas as oportunidades para estudar e não o fazem e também, para os adultos que não estudaram e se revoltam por não alcançarem oportunidades. Fico triste, também, quando vejo pessoas que desejam, mas têm limitações e não conseguem.
Lamento que crianças e jovens superdotados sejam privados de escolas adequadas em nome da famigerada “inclusão social”. Verificam-se atrasos incomensuráveis no desenvolvimento desses, que não têm culpa de serem privilegiados. Alguns heróis conseguem ultrapassar essa barreira na justiça! E algumas escolas, são precursores oásis, felizmente.
Crer no perdão! Ama o teu inimigo! Quem é capaz? Nem meu colega que ameaça o meu poder, o meu cargo, que dirá meu inimigo de verdade!

E, assim caminha a Humanidade!