quarta-feira, 11 de setembro de 2024

200 ANOS DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ NO RS

 

200 ANOS DA IMIGRAÇAO ALEMÃ NO RS

Tributo aos imigrantes alemães Habekost e Schell :

Este é o lugar, Vale dos Sinos/RS, e essa é uma época importante, 200 anos da imigração alemã para o Brasil, e dois nomes para serem lembrados, Habekost e Schell, meus ancestrais, o primeiro trisavô, o segundo tataravô, vindos diretamente da Alemanha.

. Transporto-me, num esforço sentimental, para aqueles tempos e fico a buscar as fortes razões que moveram tantas pessoas a singrarem o oceano e aportarem em terras inóspitas. Aventura? Fuga das conturbações sociais? Desejo de riqueza? Amores? Que sentimentos moveram os corações dessa corajosa gente? E, após aqui chegarem, internarem-se mais ainda nos matos gaúchos, nas picadas, na solidão? Enfrentando feras, os nativos (índios), sol, chuva, mortes, privações várias. Que espíritos indômitos! Que heróis! Sentado após dois séculos, agora aqui, diante do meu computador, eu fico a imaginar que foram eles que permitiram esse milagre. Johann Habekost, Johann Adam Schell, alemães imigrantes, brasileiros por opção, ancestrais de tantos outros brasileiros que hoje apenas, fracamente, imaginam a sua epopeia. Deles e de suas maravilhosas mulheres eis-nos aqui, centenas de pessoas, a desfrutar das energias que plantaram e cuidaram e impulsionaram. Se trago dentro de mim alguma semente de sonho e de visão do futuro, talvez, lhes devo isto e, lhes rendo o merecido tributo.

 

Percorrendo a história das cidades que eles ajudaram a construir vislumbro a energia dos seus corações de suas mentes determinadas e chego a sentir o suor dos seus corpos na labuta diária, a sua saudade dos entes queridos e deixados além mar. Cada casa construída, cada picada transformada em rua, cada igreja erigida para orar e retemperar suas energias na sua fé, e cada cemitério, construído para prantear seus amados entes que se foram, tudo me transporta a esse passado E neste caldear do passado e do presente estremece o meu ser e eu sem os ter conhecido, os conheço bem. Possa eu, ao menos, transmitir uma mensagem aos meus descendentes, uma mensagem de admiração, de orgulho pelo trabalho dessa gente destemida e, que o culto às suas memórias, nos ensine a entender que, acima de tudo, a família ainda é a esperança para ser o veículo de preservação da harmonia, da paz, do amor entre os homens. Cultuar um passado de trabalho, de dignificantes exemplos, não é viver no passado, é antes de tudo trilhar sobre a estrada do futuro. Olhar o futuro como eles olharam, construir o futuro como eles construíram. Hoje é o amanhã, foi assim que eles pensaram, pensemos pois, assim também!

 

João Habekost, nome que adotou após sua naturalização no Brasil, nasceu em Hamburg na data de 08/06/1830. Chegou ao Brasil por volta de 1850 e serviu no exército brasileiro atuando na guerra contra  Oribe e Rosas. Após sair do exército ganhou terras de sesmarias e depois de vendê-las fixou residência no município de Rio Pardo/RS, mais especificamente na localidade de Arroio das Pedras onde permaneceu até seu falecimento em 28/09/1905, atuando, nesse local, como destacado comerciante e pecuarista. Casou, em primeiras núpcias com Maria Valentina de Paula, na data de 10/8/1853, tendo com ela dois filhos. Maria Valentina morreu aos vinte e oito anos. João Habekost casou-se, em segundas núpcias, com Maria Joanna D'Ávila, na data de 25/06/1876, com quem teve quatro filhos. João Habkost naturalizou-se brasileiro em 31/07/1884, recebendo da Câmara Municipal de Rio Pardo a sua certidão. Os numerosos descendentes de João Habekost e de suas esposas estão espalhados pelos estados brasileiros e muitos deles ainda residem na localidade de Arroio das Pedras e em Rio Pardo. No ano 2000 reuniram-se cerca de 180 descendentes na localidade de Arroio das Pedras onde, num ambiente festivo, confraternizaram. Na localidade de Arroio das Pedras foi edificado, em terreno de propriedade de um dos filhos de João, um colégio de ensino fundamental que existe até hoje sob o nome de “ E.E.E.M João Habekost”, contribuindo dessa forma com a educação local.

 

Mais informações sobre a família Habekost podem ser acessadas no endereço:

www.ivanio.pbworks.com

 

Adão Schell, nome que adotou no Brasil, oriundo de Johann Adam Schell, nasceu na data de 24/06/1809 na aldeia de Bosen, ducado de Oldenberg, principado de Birkenfeld (Alemanha). Chegou a São Leopoldo na data de 18/06/1829, aos vinte anos de idade, fixando residência na localidade de Bom Jardim, hoje município de Ivoti. Em 30/10/1830 casou-se com Anna Christina Hein, de Hildburghausen, Saxonia, ambos eram evangélicos. O novo casal residiu inicialmente na colônia do pai de Anna Christina, situada também em Bom Jardim. Algum tempo depois passou a morar em Rio Pardo e posteriormente em Cachoeira do Sul, onde Adão Schell se estabeleceu com uma oficina de fabrico de carretas. Em busca de matéria prima para suas carretas migrou para o município de Passo Fundo onde se estabeleceu comercialmente. Com sua esposa Anna Christina, foi o primeiro casal estrangeiro a povoar Passo Fundo, onde permaneceram até o fim de suas vidas gerando nove filhos. Já no fim de sua existência, fundou Adão Schell a Loja Maçônica Concórdia III, tendo sido o seu primeiro venerável.

Eis o que escreveu F. Antônio Xavier e Oliveira em sua obra “Anais do Município de Passo Fundo”, sobre o falecimento de Adão Schell:[1]      

“24/08/1878. Falece o venerado ancião Adão Schell, natural da Alemanha e um dos mais antigos moradores da vila, onde, por muitos anos tivera importante casa de comércio.

Chefe de uma das mais numerosas e distintas famílias da localidade, e primando por um caráter ilibado e uma educação severíssima, a sua influência moral foi enorme na evolução social de Passo Fundo, e será sempre recordada como um título de justa benemerência à sua memória.”

Mais informações sobre Adão Schell e seus descendentes pode ser encontrada em

www.ivanio.pbworks.com

 

Descendentes desses dois alemães imigrantes estão espalhados pelo Brasil afora, principalmente nos estados do sul. Seus ancestrais e parentes residem por todo o mundo, concentrando-se notadamente na Alemanha.

 

 

 

 

O autor,

Ivanio Fernandes Habkost

e-mail: oynavy@gmail.com



[1] Johan Adam Schell, Marina Xavier de Oliveira, 1980, Diário Da Manhã Gráfica e Editora/Passo Fundo/RS

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Até breve!

 

 

Até breve!

Como posso te esquecer

Se quando quase estou te esquecendo

Tu me visitas como uma nuvem

Que se dissipa nas lembranças

Reativando as saudades que ainda vivem

Num recanto longínquo do meu coração

Lembras? Foram apenas pingos coloridos

Que pingaram no teu e no meu ser

Efêmeros, tal qual raios que estouram

Assustando as almas desprevenidas

Os quais não secaram ainda e me molham

Nas horas tristes de minha solidão.

Que força têm encontros de almas

Que se querem, que se pertencem

Mas, por conta de desencontro no tempo

Estão tão perto, mas tão longe

Dizendo adeus, até breve

Sabendo que o breve

Pertence a outra existência.

segunda-feira, 27 de maio de 2024

O DITADOR DE PRIORIDADES

     

O ditador de prioridades

 

            Hoje em dia estamos sendo arrasadoramente ligados ao celular. Ele que dita as nossas prioridades. Estamos irremediavelmente sendo conduzidos por esta pequena, mas inteligente máquina. Tenho a impressão que foi a maior invenção do homem do século XX. Levantamos e a primeira coisa que fazemos é dar bom dia ao celular, verificando no whats quem nos dá bom dia, se existe alguma informação nova, se morreu alguém, quem ganhou o jogo, que novidades existe no mundo, qual foi a resposta de tal pessoa em relação ao que lhe disseram, enfim temos acesso instantaneamente a tudo. Temos dúvida do conceito de alguma frase, palavra, basta perguntar para o Google, quem foi tal pessoa na história da humanidade, qual a capital de tal país, como estará o tempo hoje, amanhã, daqui a uma semana, quem está vencendo a guerra, quem morreu, como está meu filho que mora nos Estados Unidos, na Europa, no Japão, tudo esta maquininha infernal sabe. Não podemos viver mais sem ela. E ela vai se desenvolvendo qual uma planta que por si só cresce, não tem limites, avança poderosamente para nosso domínio total é como se fosse uma praga para a qual não se conhece a cura. É um paradoxo, quanto mais reduzida de tamanho, mais poderosa, seu hardware decresce, mas seu software cresce. Nos dias de hoje, dado as facilidades de crédito, praticamente, qualquer pessoa possui um celular e, mesmo, velhos defasados em seu conhecimento conseguem manejar as funções mais úteis, mesmo aqueles de poder aquisitivo bem restrito possuem a sua maquininha, ela está tão disseminada no meio social que a visão mais comum, hoje em dia, é ver os transeuntes, as pessoas sentadas em bancos de praça, nos bancos de ônibus, em qualquer lugar, vê-las com o pescoço curvado, a cabeça pendida para baixo e os olhos fixos no visor do celular. Mas, todavia, temos que reconhecer a sua utilidade nas mais variadas necessidades do ser humano. Um aviso importante que precisa ser dado com urgência, chamar uma ambulância para atendimento de um paciente que precisa de socorro, localizar alguém perdido, orientar-se na cidade através de GPS, ver e falar com alguém que está a milhares de quilômetros de distância, conversar, namorar, encontrar o seu parceiro ideal, passear por cidades nunca vistas, conhecer os hábitos de outros povos, perscrutar a história, estudar, ler, buscar conhecimento em qualquer área, enfim já não encontramos uma só palavra que retrate o seu poder. É, sem dúvida, uma extensão, um apêndice de nós mesmos, sem o qual já não podemos viver. É nossa memória adicional que nos lembra, num simples som, o nosso próximo compromisso, já confiamos nela como em nós mesmos. Guarda os nossos segredos mais íntimos a ponto de ser absolutamente pessoal, ela não pode pertencer a duas pessoas ao mesmo tempo, é egoísta, é privativa, é filho de uma só pessoa, é amigo de apenas um. E, tanto é assim, que o acesso à sua memoria só é possível conhecendo a chave de entrada, a famosa senha pessoal, intransferível, guardiã de nossa vida. Tecnologicamente é poderosíssima, em breve se comunicará com outras máquinas das casas onde reside, comandando-as, interagindo com elas, dando ciência do que acontece dentro da casa, na ausência do seu dono. Fará pão, acenderá as luzes, abrirá portas e janelas, ligará uma panela para fazer a comida de tal forma que o dono ao chegar em casa só terá o trabalho de comer. Já responde perguntas bem específicas, escreve textos, corrige a ortografia e entregará a seu dono a folha impressa daquele documento, daquela carta, enviará e-mails, comprará livros, lerá e fará resumos. Tudo será possível,

Como estaremos daqui a alguns anos? Como seremos, apêndices das nossas próprias máquinas que hoje são nossos apêndices? Ou seremos destruídos antes disso por elas ou por nós mesmos? É um tempo de perguntas sem respostas, centenas de visionários estão a pipocar ideias querendo incutir na humanidade teorias, as mais diversas, sobre o destino da humanidade, ecologistas, filósofos, religiosos, políticos, perdidos no emaranhado de informações que são reduzidas a conceitos sem embasamento científico. Vez por outra nasce alguém que mostra o caminho verdadeiro quer na tecnologia, quer na espiritualidade. E, então, somos levados pelo roldão da verdade, infelizmente não sabemos fazer uso equilibrado das revelações e, então, temos que aprender pelo sofrimento e não pela sabedoria. Temos um exemplo na carne desta constatação, a enchente no Rio Grande do Sul. Muita gente aprenderá, muitos outros permanecerão na teimosia do seu curto saber. Ao povo do Rio Grande do Sul está sendo revelado uma verdade: o sofrimento é o caminho para quem não usa a sabedoria para sua evolução.

As águas, sempre as águas, dilúvios, tsunamis, sempre as águas a nos lembrar que pertencemos a um planeta aquático. Nos voltamos sempre para a terra, aterramos as margens dos rios, dos lagos, dos arroios, em busca de mais terra, mas esquecemos de ocupar as águas, conviver com elas. Não, poluímos, depositamos nelas a nossa ignorância, esgotos, fezes, resíduos industriais, sofás velhos, carros, animais mortos e até homens mortos. Poluímos as águas para depois gastarmos uma soma enorme de nossos recursos para despolui-la para consumo, Roubamos de seus leitos naturais, as matas ciliares, expulsamos os pássaros, os répteis, roubamos suas areias, aterramos os seus banhados, fazemos atrocidades indescritíveis com a natureza que tudo nos dá, mas quando ela não suporta mais, explode e nos mata e nos desaloja e, nos ensina pela dor.

E o celular? Bem, ele ainda não aprendeu a nos educar como a natureza, temo esse dia!!!

segunda-feira, 20 de maio de 2024

CALAMIDADE NO RIO GRANDE DO SUL

 

 



            







No início do mês de maio de 2024 ocorreu uma enchente nunca vista no estado do Rio Grande do Sul, ocasionando a maior tragédia de todos os tempos com mais de 157 mortes, centenas de feridos, a maior parte dos municípios foram atingidos, 464 de 497 foram atingidos, afetando 2,3 milhões de pessoas  , milhares de desabrigados, casas totalmente destruídas, bens materiais que compunham o interno dos lares totalmente perdidos. Os níveis dos rios superaram todas as marcas de segurança e invadiram as bairros das cidades ribeirinhas, como se pode ver pelo gráfico acima que mostra os rios que compõem a bacia hidrográfica do lago Guaíba, receptáculo de todas as águas que descem da serra e se dirigem para o mar e, devido a isso, a capital Porto Alegre, em suas regiões mais baixas ficou totalmente alagada. Ocorreram deslizamento de encostas, bloqueando estradas, destruindo tudo que aparecia pela frente, pontes, casas, estradas, tragédia impressionante. Os municípios da grande Porto Alegre, tais como Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo, foram severamente atingidos. Os municípios vizinho de São Leopoldo e Novo Hamburgo ficaram incomunicáveis por terra, pois o Rio dos Sinos transbordou e impediu que as pontes, três pontes que interligam as duas cidades, fossem interditadas. Diques foram rompidos pelas águas agravando ainda mais a região. O aeroporto de Porto Alegre ficou totalmente debaixo de água, impedindo voos que interligam esta capital ao Brasil e ao mundo. Viagens foram canceladas sem previsão de retorno. As regiões do Vale do rio Taquari foram assoladas de tal maneira que muitas cidades foram varridas do mapa, viam-se casas inteiras sendo arrancadas e arrastadas pelo furor das águas barrentas, árvores indo rio abaixo, animais lutando desesperadamente para sobreviver em nado aterrador, cachorros, porcos, gado, centenas morrendo sufocados pelo cansaço e dor, corpo submerso, só a cabeça de fora, implorando, com olhos esbugalhados de pavor, um salvamento. Um cavalo tornou-se o símbolo da resistência e esperança ao ficar vários dias e noites sobre um telhado de casa submersa, sem se mover, sem água, sem ração, solitário na sua luta pela vida, até que foi heroicamente resgatado. Esse cavalo, o Caramelo, nome que recebeu por sua cor, passará para a história como símbolo da resiliência do povo gaúcho. E o povo foi solidário, numa corrente impressionante de solidariedade e fraternidade foram surgindo os heróis que, sem medir esforços, se lançaram ao salvamento de pessoas e animais em suas botes particulares, no seu esforço pessoal, numa doação nunca antes vista. Abrigos foram montados às pressas para acolher os flagelados, cozinhas foram montadas tempestivamente para alcançar um pouco de comida e alimento a quem desesperado clamava por auxílio. Chamamentos ecoavam pelas redes sociais para que voluntários se apresentassem para ajudar. Observava-se um ir e vir de barcos trazendo para as partes secas que ainda restavam, os magotes de pessoas, molhadas, com frio no corpo e na alma por terem perdido tudo. A busca por sobreviventes era frenética, os voluntários seguiam para pontos remotos onde antes havia casas e agora só águas, na busca de algum telhado que guardasse pessoas ou animais. De muitos, centenas de telhados, foram resgatado pessoas e cachorros. Os voluntários não se permitiam trégua, organizados qual um exército em batalha, dividiam as funções, colocavam ordem nos locais de acolhimento, serviam refeições, distribuíam agasalhos, improvisavam camas, distraiam as crianças, consolavam idosos, distribuíam atenção e amor aos corações flagelados, faziam os primeiros socorros aos feridos. O Brasil inteiro se mobilizou e se solidarizou com a tragédia que se abatia sobre o povo heroico do Rio Grande do Sul que tem uma história imensurável na guarnição das fronteiras sulinas desse imenso e grandioso país que todos amamos. Enquanto os rio arrastavam as coisas do Rio Grande, rios de solidariedade acolhiam o povo gaúcho, traumatizado e perplexo diante do furor de uma natureza que sempre o acolheu e lhe deu o que comer, no que viver, permitindo que sua terra lhe desse o fomento necessário para o cultivo de tudo o que é necessário para a sua subsistência, além de lhe dar condições de forjar uma tradição de lutas, de caráter, de brio, e criar um modo sui generis de vida, onde se observa, por exemplo, a cuia com chimarrão, o fogo aceso nas fazendas que nunca se apaga, o amansar o chucro cavalo, o lutar e brigar por seus direitos, impedindo a exploração das elites, tal como foi feito na Revolução Farroupilha. Muito se ouviu , agora, nesses tempos bicudos, o hino Rio grandense, onde se ouve versos, que refletem o caráter desse povo- “sirvam nossas façanhas de modelo à toda a Terra” – povo rico de façanhas para onde quer que se olhe. Dois campeões mundiais de futebol, Grêmio e Inter, refletem um tipo de façanha que muito orgulha parcela da sociedade que se dedica ao esporte. É povo unido e forte que irá reconstruir essa valorosa terra. Amamos a natureza que tudo nos dá, num momento e, noutro, quase tudo nos tira, mas vamos refletir com mais atenção e tentar compreender que na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, como bem afirmou Lavoisier. Vamos prestar bem atenção o que dizem as pessoas, filtrar e separar o joio do trigo, pois é nesses momentos que a erva daninha aparece, principalmente disfarçados em conhecimento e cultura, tentando fincar estacas de conceitos ideológicos. Ouvi um professor que quer se tornar famoso, e já é conhecido por muitos, colocar toda a culpa no “AGRO”. É do mesmo time que combate a tecnologia e a usa, que combate a poluição, mas usa o seu carro, que combate a soja, mas tem na sua cozinha o óleo que usa para condimentar os seus alimentos, fritar o seu bife, regar a sua salada. Hipocrisia pura.

O Rio Grande do Sul vai sair dessa mais forte e unido e o Brasil também!

sábado, 13 de abril de 2024

XANDÃO MUSKMARTE

 

XANDÃO MUSKMARTE

Xandão Muskmarte, é um espécime pouco comum que se sobressai na elite de uma sociedade. Veja-se o exemplo, Simão Bacamarte, o Alienista, que viveu na vila de Itaguaí, imortalizado por Machado de Assis, seu criador, é outro exemplo. A diferença deste para o primeiro é que este usou a medicina para qualificar os loucos e Xandão Muskmarte usa a lei, mas a prática é a mesma: encarcera-se indistintamente quem é rotulado de orate, mesmo quem anda passeando despercebidamente pelas ruas, mas se passar por perto...é encarcerado, os loucos de Muskmarte na Papuda e os de Bacamarte na Casa Verde.

                Estamos vivendo tempos assombrosos. Dizem, os mais apressados estudiosos espíritas, que Simão Bacamarte se materializou em Xandão Muskmarte , mas os estudiosos das teorias modernas sobre a origem das civilizações dizem que ele é um Anunnaki, seja como for estamos diante de um personagem à semelhança do cão dos Baskervilles ou se quiserem, a própria essência do mal, Valdemort, inimigo de Harry Poter, a capa preta os aproxima mais. Ou, Frankenstein moderno, talvez, desses personagens reais e fictícios, que assombram nossas mentes e nossa vida real.

Xandão Muskmarte se auto transformou no “Grande Irmão” de George Orwell que  tudo vê, a tudo julga e a todos condena, sob o olhar complacente dos seus pares e mentes coniventes de outros poderes. Encastelado, com o refrão “de lá não saio, ninguém me tira”, acorda com a obsessão de quem irá acusar de propagador de mentiras, portanto,  um  orate que precisa ser encarcerado.

                Tal é a criatura, criada por uma sociedade doentia que se arrasta numa terra desde a sua descoberta e colonização até os dias de hoje, numa sucessão de loucuras, a exemplo do “El Ingenioso Hidalgo don Quixote de La Mancha” que lutava contra os moinhos travestidos de mortais inimigos e, sobre eles, investia com sua espada em riste, montado em seu garboso corcel Rocinante.

quinta-feira, 21 de março de 2024

Lançamento do Livro "Reino do Açúcar-Uma doce História"

 O tempo é inexorável. Sete meses se passaram sem que eu postasse alguma novidade aqui. Para continuar o assunto da última postagem vamos relatar como foi o lançamento do “Reino do Açúcar-Uma doce História", na 39ª feira do livro de Novo Hamburgo, que se realizou de 9 a 15 de outubro de 2023, Apesar dos convites feitos via Facebook e whats, poucos compareceram. Havia dois pontos de venda, na ALVALES – Academia Literária do Vale do Rio dos Sinos e na banca da ZMulti, editora do livro. Nesta feira foram vendidos  cinco livros. Fotos para documentar, tirei várias, segue algumas:

Na primeira foto, com a patronesse da feira do livro de NH, em 14/10/2023, Dra. Margarete Fagundes Nunes, autora do livro Memória Negra, que compõe a Trilogia Antropológica o Vale do Rio dos Sinos.

 

 



Na outra foto, da esquerda para a direita: Bruno (neto), Luís Felipe (pai do Bruno), Vivi esposa do Luís Felipe, Helenita, esposa de Ivanio, Ivanio (o autor) e o amigo Paulo Saldoti.

    Um jovem leitor curioso, comprando o livro.



                                                    Colega Nícias e a patronesse da feira Dra. Margarete Fagundes Nunes.




sexta-feira, 14 de julho de 2023

REINO DO AÇÚCAR-UMA DOCE HISTÓRIA




Esse conto foi inspirado num ensaio sobre a história da cana-de-açúcar que escrevi visando trazer para a Literatura conhecimentos sobre plantas que tiveram uma importância significativa para a sociedade brasileira.

"Reino do Açúcar -Uma doce história" eu redigi em pouco mais de dois dias. Trata-se de uma literatura infanto-juvenil, cuja pretensão é despertar nos jovens, dessa faixa etária, gosto por leitura.

 Estamos vivendo uma época de tremendas mudanças que se processam numa velocidade incrível, por conta da tecnologia informática. Nossas crianças e jovens já não sabem mais reconhecer um passarinho, uma vaca. O mundo virtual os afasta da realidade, a comida é engolida às pressas para retorno ao computador ou celular. As amizades são robóticas, não sabem relacionar-se em presença. As aulas virtuais estão chegando para substituir as presenciais. O professor é substituído pelo Google, pela Wikipédia, pelos aplicativos. Os pais não sabem, e a grande maioria, preocupados com a subsistência da família, pouco conseguem auxiliar e o jovem segue navegando pelo prazer e açodadamente. É competição por games, jogos que distraem mais do que ensinam. É um tatear na escuridão do futuro.

Diante de tudo chego eu com “Reino do Açúcar -Uma doce história”. Nada a ver com esse mundão informático. Mas, penso em convidar para uma pausa reflexiva. Eu o fiz com um conteúdo rápido, o mais o objetivo possível para prender a atenção dessas mentes que exigem foco e rapidez. Criei um mundo de fantasia para aproximar dos jogos que mexem com a imaginação dos jovens. Trouxe duendes, formigas e os misturei com uma história de amor , amor a ser conquistado por uma competição, própria dos games.

O tempo dirá se obtive ou não algum sucesso!

Vou lançar esse livrinho na feira do livro, na cidade de Novo Hamburgo, a realiza-se , em data a ser definida, lá por setembro ou outubro de 2023. Mas, já o estou distribuindo, gratuitamente, para algumas pessoas privilegiadas, bem como para a biblioteca da Academia Literária do Vale do Rio dos Sinos e, também, disponibilizando aos interessados a R$ 30,00, o exemplar, basta mandar um e-mail para mim: oynavy@gmail.com.