Vamos conversar...
É
um bom começo ... Será ?
Bom,
que seja um monólogo!
Eu
tenho o direito de pensar e escrever.
Quem
lerá? Não sei, mas importa mesmo é colocar as ideias. Depois, mais tarde,
quando as ler poderei , talvez, julgar.
Julgar?
É justo? Bom, é isso que fazemos o tempo
todo!
Julgamos
o nosso cachorro, o nosso gato, o nosso passarinho, as formigas, as baratas, as
cobras, o tigre, o leão, os peixes... e sobretudo o nosso semelhante.
Semelhante?
Perguntou Quintana, “Quem é o nosso semelhante?”
Ando
aproveitando o tempo que Deus me deu para realizar leituras um pouco mais
aprofundadas.
É
isso! A realidade retratada. É a sociedade que construímos. Será que eu ajudei
a construir? Acho que sim. E por isso continuo protestando através das formas que
posso no voto, no exemplo, nas palavras, nas ações.
Sobre
educação, é um bom tema!
Tenho
ouvido e lido bastante sobre educação. Tenho vivenciado algumas transformações,
desde o meu tempo de estudante, após dos meus filhos, agora dos netos. Isso me
dá certo crédito.
Nos
meus bons tempos, lá pelos idos de 1950/1960, ser professor, antes ser
professora, porque, professor era raro, notadamente no ensino primário e no
ginásio (hoje ensino médio) era profissão por aptidão ou gosto, não por
necessidade, como hoje é. Salário era apenas complemento, pois as professoras
ou casavam com cadetes do exército ou médicos. Eram, por assim dizer,
pertencentes à classe média, que na época era bem abastada. A professora era
respeitada como mestra, nas escolas havia disciplina, respeito, cultivava-se o
Hino Nacional, Bandeira brasileira, a Pátria. Ensinava-se moral e cultivava-se
Deus.
Daí
veio um camarada e disse que tudo isso era da elite e os demais eram os
excluídos, criou a pedagogia do excluído. E vieram os entendidos e
interpretaram as ideias e acabaram com o respeito, com a disciplina, Não pode
mais cantar o Hino Nacional nas escolas, não pode mais falar em Deus, não pode
mais punir. Professor não detém mais o saber, ele deve ser humilde, reconhecer
sua ignorância e aprender com os alunos. Esses são os novos reis. Professor tem
que ser eclético, deve saber lidar e ensinar uma classe heterogênea de 35
alunos, com alunos com deficiência intelectual, ou física, alunos superdotados,
autistas, com dificuldades de aprendizagem, com mal educados, indisciplinados,
bem educados e disciplinados, Qis diferentes, e outras diferenças mais.
A
hipocrisia grassa nas escolas como capim. Eu gostaria de fazer uma estatística
nas escolas e saber quantos professores tiveram algum transtorno psíquico,
quantos estão se sustentando por meio de remédios calmantes. De saber quantas
escolas estão preparadas para aplicar as novas leis e decretos para absorver a
tão propalada inclusão escolar. Eu gostaria de saber, também, entre outras
tantas coisas, sobre gestão escolar ou, talvez, com mais abrangência, sobre
gestão na educação. Gestão sobre pessoas fundamentalmente, sobre recursos, foco
no aluno. Foco no professor! Relações humanas! Fraternidade! Compreensão!
Integração real com a comunidade escolar.
Hipocrisia,
por quê?
Porque
impera a lei do faz de conta: “Eu digo que deve ser assim e você diz que faz!”
Mas, ninguém provê nada, e eu, portanto, não faço. O discurso hipócrita existe:
eu faço a gestão que posso, eu ensino o que posso e o aluno aprende o que pode.
E fica o dito pelo não dito. E a educação está no caos que está, como todo
mundo sabe.
Eu
diria que chega de intenções!
Vamos
agir!
A
comunidade consciente, que quer uma boa educação para seus filhos, deve agir.
As leis que dão garantias estão editadas e os canais de reivindicação estão
disponíveis: Conselho Tutelar, Ministério Público, Secretarias, Círculo de Pais
e Mestres e outras organizações e instituições. Tudo dentro da lei!
Olhem,
não falei da violência, do bullying, na incompetência, no despreparo, na
institucionalização do poder que deprime, na corrupção – pobre escola
brasileira!
Ah!
E de certas ideias oportunistas, como esta: “Aluno não é estudante!” propalada,
agora, por algum mestre e “euforizada” por outros. Professor não é mais
professor é trabalhador em educação! Antes era “Professora”, depois durante
muito tempo, “Tia”, agora “Professora”
novamente – pobre aluno!
Resumindo
o que é real:
- as escolas dissociadas da realidade social e
sucateadas, gestores à própria sorte;
-
o professor está jogado dentro da sala de aula com a ordem: “Te vira que o
filho é teu!”
-
alunos “endeusados”.
Como,
ainda, vivemos numa democracia, segue meu e-mail para conversarmos:
Ivanio
Fernandes Habkost
Novo
Hamburgo.