segunda-feira, 22 de setembro de 2014

EMBAIXO DO VIADUTO



Uma rua solitária, pouca luz na noite
E um covarde à espreita...
Uma faca no pescoço, a palavra um açoite.
A mão nervosa segura o braço
O terror, o estremecer...  Não aquele abraço!
Sonhara, sorrira, encantara-se
A primeira vez seria com quem amava
Mas, agora o aço, o asco
Embaixo do viaduto, o horror
A desilusão, as lágrimas, a dor
Num momento tudo, no outro nada...
A lâmina estava ali... Desafiadora... Cortante
Uma só decisão... O sangue rugiu lancinante

Nunca mais...

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

VAMOS CONVERSAR....

Vamos conversar...
É um bom começo ... Será ?
Bom, que seja um monólogo!
Eu tenho o direito de pensar e escrever.
Quem lerá? Não sei, mas importa mesmo é colocar as ideias. Depois, mais tarde, quando as ler poderei , talvez, julgar.
Julgar? É justo?  Bom, é isso que fazemos o tempo todo!
Julgamos o nosso cachorro, o nosso gato, o nosso passarinho, as formigas, as baratas, as cobras, o tigre, o leão, os peixes... e sobretudo o nosso semelhante.
Semelhante? Perguntou Quintana, “Quem é o nosso semelhante?”
Ando aproveitando o tempo que Deus me deu para realizar leituras um pouco mais aprofundadas.
É isso! A realidade retratada. É a sociedade que construímos. Será que eu ajudei a construir? Acho que sim. E por isso continuo protestando através das formas que posso no voto, no exemplo, nas palavras, nas ações.
Sobre educação, é um bom tema!
Tenho ouvido e lido bastante sobre educação. Tenho vivenciado algumas transformações, desde o meu tempo de estudante, após dos meus filhos, agora dos netos. Isso me dá certo crédito.
Nos meus bons tempos, lá pelos idos de 1950/1960, ser professor, antes ser professora, porque, professor era raro, notadamente no ensino primário e no ginásio (hoje ensino médio) era profissão por aptidão ou gosto, não por necessidade, como hoje é. Salário era apenas complemento, pois as professoras ou casavam com cadetes do exército ou médicos. Eram, por assim dizer, pertencentes à classe média, que na época era bem abastada. A professora era respeitada como mestra, nas escolas havia disciplina, respeito, cultivava-se o Hino Nacional, Bandeira brasileira, a Pátria. Ensinava-se moral e cultivava-se Deus.
Daí veio um camarada e disse que tudo isso era da elite e os demais eram os excluídos, criou a pedagogia do excluído. E vieram os entendidos e interpretaram as ideias e acabaram com o respeito, com a disciplina, Não pode mais cantar o Hino Nacional nas escolas, não pode mais falar em Deus, não pode mais punir. Professor não detém mais o saber, ele deve ser humilde, reconhecer sua ignorância e aprender com os alunos. Esses são os novos reis. Professor tem que ser eclético, deve saber lidar e ensinar uma classe heterogênea de 35 alunos, com alunos com deficiência intelectual, ou física, alunos superdotados, autistas, com dificuldades de aprendizagem, com mal educados, indisciplinados, bem educados e disciplinados, Qis diferentes, e outras diferenças mais.
A hipocrisia grassa nas escolas como capim. Eu gostaria de fazer uma estatística nas escolas e saber quantos professores tiveram algum transtorno psíquico, quantos estão se sustentando por meio de remédios calmantes. De saber quantas escolas estão preparadas para aplicar as novas leis e decretos para absorver a tão propalada inclusão escolar. Eu gostaria de saber, também, entre outras tantas coisas, sobre gestão escolar ou, talvez, com mais abrangência, sobre gestão na educação. Gestão sobre pessoas fundamentalmente, sobre recursos, foco no aluno. Foco no professor! Relações humanas! Fraternidade! Compreensão! Integração real com a comunidade escolar.
Hipocrisia, por quê?
Porque impera a lei do faz de conta: “Eu digo que deve ser assim e você diz que faz!” Mas, ninguém provê nada, e eu, portanto, não faço. O discurso hipócrita existe: eu faço a gestão que posso, eu ensino o que posso e o aluno aprende o que pode. E fica o dito pelo não dito. E a educação está no caos que está, como todo mundo sabe.
Eu diria que chega de intenções!
Vamos agir!
A comunidade consciente, que quer uma boa educação para seus filhos, deve agir. As leis que dão garantias estão editadas e os canais de reivindicação estão disponíveis: Conselho Tutelar, Ministério Público, Secretarias, Círculo de Pais e Mestres e outras organizações e instituições. Tudo dentro da lei!
Olhem, não falei da violência, do bullying, na incompetência, no despreparo, na institucionalização do poder que deprime, na corrupção – pobre escola brasileira!
Ah! E de certas ideias oportunistas, como esta: “Aluno não é estudante!” propalada, agora, por algum mestre e “euforizada” por outros. Professor não é mais professor é trabalhador em educação! Antes era “Professora”, depois durante muito tempo, “Tia”, agora “Professora”  novamente – pobre aluno!
Resumindo o que é real:
-  as escolas dissociadas da realidade social e sucateadas, gestores à própria sorte;
- o professor está jogado dentro da sala de aula com a ordem: “Te vira que o filho é teu!”
- alunos “endeusados”.
Como, ainda, vivemos numa democracia, segue meu e-mail para conversarmos:
Ivanio Fernandes Habkost
Novo Hamburgo.







terça-feira, 9 de setembro de 2014

PANELINHA


CURIOSIDADE: “PANELINHA
Pesquisando a vida e obra de Machado de Assis http://pt.wikipedia.org/wiki/Machado_de_Assis
deparei-me com a seguinte descrição que extrai do endereço: 
“Em 1901, criou a "Panelinha" para a realização de festivos ágapes e encontros de escritores e artistas, como a da fotografia acima. De fato, a expressão panelinha foi inventada destes encontros, onde os convidados eram servidos em uma panela de prata, motivo pelo qual o grupo passou a ser conhecido como Panelinha de Prata.”

Este termo “Panelinha” é conhecido e usado em qualquer segmento social. Desde a minha juventude já ouvia e usava este termo. É, talvez, um conceito que mais se enraizou na fala popular do brasileiro, atravessou já dois séculos, mais ou menos, e permanece vivo. Esse Machado de Assis é mesmo imortal!

O Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa, define assim ‘panelinha”:

- Panela pequena; (fig.) conluio para fins pouco descentes; grupo de políticos do mesmo partido, que, mais sensíveis aos interesses individuais que aos coletivos, repartem entre si as vantagens do poder;  grupo literário muito ligado , e dados ao elogio mútuo.