quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Dias Bicudos

 

Dias Bicudos!

Nestes dias bicudos em que vivemos no nosso país, em que o futuro se deslumbra incerto e nebuloso, sob o ponto de vista social, temo pelo futuro das crianças que estão e nada podem decidir e, também, as que virão, O povo está subjugado pelo medo do jugo judicial apoiado por forças ocultas que muitos poucos enxergam e os que enxergam se acovardam. Está por pano de fundo um guerra surda, por enquanto, ideológica entre o comunismo, escondido pelo pano do socialismo democrático, e o capitalismo. Os líderes do “socialismo democrático” alardeiam abertamente a defesa de uma “Pátria Grande” – a América Latina, sob o signo da “República Bolivariana”, e consubstanciado no “Foro de São Paulo”, cujos recursos financeiros são irrigados pelo narcotráfico. O capitalismo, não menos nocivo amordaça pelo jugo econômico canalizando os recurso para as grandes potências. Essa luta é eterna, o homem não teve, até agora, sabedoria para alcançar um equilíbrio social que leve ao bem estar da humanidade. As guerras são o lenitivo para o poder, origem de todos os males. Enquanto o desenvolvimento não for irrigado pela moral cristã não haverá equilíbrio. Infelizmente estamos muito longe disso, apenas se passaram 2025 anos! O  homem aprende muito devagar e às custas de muitos tsunamis!

domingo, 23 de novembro de 2025

3 I ATLAS

 


3 I / Atlas

(Terceiro cometa interestelar que cruzou o sistema solar em 2025.)

            Fico aqui a imaginar quantos de nós gostariam de embarcar no 3I/Atlas e cavalgar por esse universo sem fim qual um gaúcho montado no seu pingo a desfrutar as imensas campinas verdejantes do pampa e explorar cada galáxia, cada estrela, cada planeta.

            Um cometa nos visita, vem dos confins do universo, atravessa o nosso sistema solar causando expectativas, medo, insegurança, estudo, teorias mirabolantes sobre extraterrestres, mas ele imponente, montanhoso,  passa veloz e quieto. Um desvio aleatório ( ou guiado! ) de sua trajetória e adeus Terra, adeus planeta maravilhosamente azul.

            Nesse efêmero pensamento apocalíptico me surge a avaliação de nossa pequenez humana. Recém estamos tentando sair de nossa órbita, chegar ali, bem pertinho, na nossa lua, superar a força que nos prende ao nosso planeta, superar nossa própria inteligência. Penso também, por outro viés, quanto há por fazer em nossa casa, ou por deixar de fazer – poluição atmosférica, emissões abissais de carbono, poluição dos nossos rios; emissões de produtos químicos tóxicos, de embalagens jogadas ao mar que asfixiam as tartarugas; produção de energia contaminante, carros poluentes, e, talvez, pior ainda, contaminando a água que nos sacia a sede, acabando com  nossos rios e os peixes, dizimando toneladas deles.

            A natureza grita, chora, revolta-se – tsunâmis, enchentes, tufões, sinais evidentes contra nossa ignorância e indiferença. Seguimos nossa sina de besta humana e pouco ligamos para nossas responsabilidades sociais, para nossas desigualdades; criamos feudos étnicos, castas e privilégios econômicos, privilégios do saber, privilégios da tecnologia, enterramos a fraternidade na indiferença do dia a dia.

            Ah! 3 I/Atlas, terias acordado a humanidade? Levaste contigo para os confins toda essa gosma que nos cobre e sufoca? Sugaste com tua enorme massa os miasmas maléficos desse planeta de vida pulsante para que possamos construir um futuro com requisitos éticos, eliminando o cancro da corrupção, o cancro das drogas e o cancro do orgulho e maldade dos corações?

            Eis que construiremos um futuro de equilíbrio onde não  mais existam muros visíveis e invisíveis entre os seres. Onde a cor da pele seja antes um desfrutar de aproximação do que de afastamento, onde a diferença de capacidade seja gerida fraternalmente, que as diferenças biológicas sejam aceitas com compreensão e ajuda mútua.

            Que sigamos contigo 3 I/Atlas, na tua transcendente missão, na busca eterna do desconhecido, na travessia do que somos e do que podemos ser.