Dinheiro não traz felicidade!
Esta afirmação é um adágio popular bastante antigo. Machado
de Assis assim se expressou: “ Dinheiro
não traz felicidade – para quem não sabe o que fazer com ele.” Arthur
Schopenhauer afirmou “ O dinheiro é uma felicidade humana abstrata; por isso
aquele que não é capaz de apreciar a verdadeira felicidade humana, dedica-se
completamente a ele.” Já Millor Fernandes : “O dinheiro não dá felicidade. Mas
paga tudo o que ela gasta.” Divaldo Pereira Franco afirma: “ A felicidade
independe do dinheiro, do casamento ou emprego. A felicidade é o estado interior
que nós logramos pela consciência tranquila, pelo caráter.”.
Pensei em escrever sobre esse tema, hoje. Antes, porém,
resolvi olhar o Google, não tive surpresa, aí estão alguns pensadores com suas ideias
sobre esse assunto.
Droga, é difícil achar um tema que já não tenha sido
explorado e que não esteja no tio Google. Mas, mesmo assim, vamos lá.
Claro, preciso dizer o que é felicidade, no meu entender.
Num estudo que fiz há bastante tempo e que, em breve, estará aqui publicado
conceituei assim: a felicidade do meu espírito é a ”sabedoria” e a felicidade
do meu corpo é a “saúde”. Não vou, agora, desenvolver esses conceitos e de como
e para que os conceituei, pois isto tudo, chacoalha bastante.
Eu considero a ideia de que dinheiro não traz felicidade
dentro de sua dimensão própria, isto é, tanto humana quanto espiritual. Na
dimensão humana, o que ocorre é uma grande confusão. Como eu posso dar saúde
para o meu corpo sem dinheiro? Ou o saber, não custa dinheiro? A confusão
começa quando da necessidade ou conforto passamos para o terreno da ambição
desmedida, o querer mais e mais, a todo preço.
Então, dinheiro traz felicidade sim! É o sangue da humanidade. Puxa, amei aquele
cachorrinho, eu o quero para mim! Opa, terreno das emoções, do espírito!
Gosto imensamente das ideias de Dale Carnegie, preciso
comprar os seus livros – dinheiro, ei-lo permeando o meu desejo. A minha
felicidade pontual.
Então, eu quero desmistificar esse adágio e dizer que,
muitas vezes, uma frase tranca ou bitola as ações individuais e até sociais quando
toma conta do imaginário do povo. É como se a estagnação fosse confortável.
Ora, eu não consigo tal coisa, então, está bem, ninguém pode reclamar de mim por
isso. E, como importa, a opinião dos outros!
Com dinheiro eu me alimento, me visto, me desloco, ajudo,
compartilho o que me sobra, viajo, estudo, me aperfeiçoo, enfeito o meu corpo
que reflete meu estado de espírito, dou presentes, compro minha casa, meu
automóvel, vou ao médico, compro remédios, compro livros,meu Deus, compro quase tudo! E, na verdade, muitos compram até a
consciência de outrem, pasmem!
Nossos, pensadores, que acima citei, para introduzir esta crônica,
sabem muito bem o recado que nos querem dar!
Eu acredito que, sabendo balancear as coisas, não deixando a
balança pender para a densidade do orgulho, da soberba, do individualismo,
contrabalançando com a solidariedade e o amor, o veículo material da posse- o
dinheiro- é benéfico para nós, e devemos cuidar dele muito bem.